Perda total

Lúcio Flávio era importante pro Tricolor fora de campo

Se a saída do meia Lúcio Flávio do Paraná devido a um desacordo salarial com a nova diretoria já era lamentada dentro de campo, afinal o jogador era o líder e capitão do time, ela também sera sentida fora das quatro linhas. Isto porque o experiente atleta tinha fundamental importância no marketing.

“Nas negociações que tivemos com potenciais patrocinadores, a figura de um ídolo como o Lúcio sempre era fator de peso. A empresa que deseja expor a marca em um clube de futebol procura, antes de tudo, figuras de referência. E o nome do Lúcio representava isso para o Paraná”, afirma Fabrício Stédile, da empresa A.R Ideias, que, ao lado do irmão Fabiano, terceirizava serviços para o Tricolor até o último mês.

A presença do ex-camisa 10, inclusive, foi importante para parcerias com a Vivamil e o Mercado do Alarme. A imagem representada por Lúcio Flávio foi também determinante para o crescimento no número de sócios entre novembro de 2014, quando os irmãos Stédile assumiram, e abril de 2015, quando deixaram o clube.

Além dele, principal garoto-propaganda, o Tricolor utilizou figuras como o goleiro Marcos, que permanece no time, e dos ex-jogadores Saulo, Ednélson e Ricardinho nas campanhas. Nestes seis meses, o clube passou de 3.200 sócios adimplentes para 5.580.

Camisas do meia ajudaram

O sucesso notável de vendas das camisas comemorativas de 300 jogos de Lúcio Flávio pelo Paraná Clube é outro exemplo da importância extracampo do jogador. Apenas no dia da pré-venda, o clube negociou 150 unidades, pelo valor de R$ 149.90 cada. Metade desta arrecadação, um valor de R$ 11.242,50, foi direto para os cofres
paranistas.

Em apenas quatro dias de vendas, as 900 unidades  do primeiro lote colocadas à disposição se esgotaram, resultado que fez o clube encomendar rapidamente um segundo lote com mais 900 camisas comemorativas.

“Esta ação foi um sucesso. É o tipo de coisa que, se bem organizada, ajuda a pagar o salário de um jogador”, complementou Fabiano.

Aproveitamento

O Paraná precisa melhorar o desempenho em casa para poder almejar o acesso à primeira divisão. Nos últimos cinco anos, 15 dos 20 clubes que garantiram o passaporte à elite alcançaram um aproveitamento como mandante acima de 70%. Nos sete anos de segundona, o máximo que o Tricolor conseguiu nas Vila Capanema foi 64,9%, ou 37 pontos.

Esse foi o rendimento da equipe em casa nas temporadas de 2013 e 2012. Na primeira, o equilíbrio da disputa deixou o Paraná a apenas três pontos da faixa de classificação, tornando ainda mais amargo o desperdício de pontos em casa.
Nas demais participações desde a queda em 2007, o time paranista foi ainda mais frágil em seus domínios, variando entre 52,6%, em 2008, e 61,4%, em 2010 e 2011.