Apego ao passado

Coxa foca no desempenho de Rafinha e Marcos Aurelio

Rafinha voltar ao Coritiba? Marcos Aurélio também (ver matéria)? O interesse do Coritiba em repatriar dois antigos ídolos revela uma onda “saudosista” do clube na busca por reforços. Os dois brilharam nos últimos grandes momentos do Coxa: os vices da Copa do Brasil em 2011 e 2012.

Boas lembranças que estão vivas na memória de Ernesto Pedroso. Atual vice-presidente coritibano, o cartola exercia a mesma função quando o Alviverde, dirigido pelo técnico Marcelo Oliveira, acabou derrotado por Vasco e Palmeiras, respectivamente.

Entretanto, o desejo do dirigente de recuperar a dupla e, quem sabe, o sucesso dentro de campo, não será fácil de ser concretizado.

A situação de Rafinha é complicada. Clube que contratou o atleta em 2013, o Al-Shabab deve ao Coxa cerca de R$ 3 milhões pela compra. A dívida poderia facilitar o negócio, caso o Alviverde aceite perdoá-la para contar com Rafinha.
No entanto, o problema principal é o alto salário. Rafinha recebe em torno de R$ 300 mil na Arábia Saudita e o teto do Coritiba é de aproximadamente R$ 100 mil. “É uma negociação muito complicada, é preciso tempo”, diz Eduardo Gomes, empresário do meia.

De férias em Curitiba e tratando uma lesão, Rafinha visitou o CT da Graciosa na semana passada. Procurado pelos torcedores coxa-brancas, o atleta não esconde o desejo de um dia voltar ao Alto da Glória. Há tempo para discutir o assunto. A janela para transferências de jogadores vindos do exterior inicia somente no dia 22 de junho e fecha em 21 de julho.

Voltas não dão muito certo

Repatriar jogadores que se destacaram nos últimos anos vem sendo uma tendência no Coritiba. Porém, na maioria das vezes o retorno não tem o mesmo final feliz. Tirando Alex, que voltou ao clube após 15 anos, conquistou um título, foi decisivo para evitar dois rebaixamentos e acabou tendo influência até na política do clube, a lista se concentra em decepções.

Artilheiro do clube em 2011, Bill voltou em 2013 em uma negociação sem custo para dividir com Deivid a missão de fazer gols. Balançou a rede apenas uma vez e acabou liberado antes do fim do contrato.

Keirrison retornou na mesma época. Acabou somando mais tempo de departamento médico do que minutos em campo. Seus últimos bons momentos foram o gol no jogo de despedida de Alex, na última rodada do Brasileiro de 2014, e o passe para Negueba abrir o placar na semifinal do Paranaense deste ano, contra o Londrina. O atacante sofrou com várias contusões nestes quase três anos após a volta e já foi avisado pela diretoria que pode negociar com outro clube.

Formado na mesma geração que Keirrison, o meia Pedro Ken foi outro retorno malsucedido. O jogador foi repatriado em janeiro, começou o ano como titular, mas acabou acertando sua transferência para o Vitória, clube que defendeu em 2013 e 2014. (Patrícia Bahr

Saudosismo! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!