Federer questiona segurança do torneio e critica organização de Roland Garros

Após vencer em sua estreia em Roland Garros o colombiano Alejandro Falla por 2 a 0, o suíço número 2 do mundo Roger Federer criticou severamente a organização do torneio por problemas de segurança. O tenista foi abordado por um jovem adolescente dentro da quadra após sua vitória para tirar um selfie com o detentor de 17 títulos de Grand Slam, que mostrou estar desconfortável com o episódio.

“Não estou contente com isso. Obviamente nem por um segundo estou contente com esta situação”, declarou mais tarde Federer, lembrando que situação similar tinha acontecido no dia anterior enquanto ele praticava suas sessões de treinamento e foi interrompido por várias crianças em Roland Garros. “Normalmente eu falo somente em meu nome, mas nesta situação acredito que posso falar em nome de todos os jogadores. É o local que você pratica seu trabalho, é o local onde você quer se sentir seguro”, esbravejou Federer.

O diretor do Torneio de Roland Garros, Gilbert Ysern, foi para os vestiários e ofereceu desculpas pessoais a Federer e também falou com a esposa do tenista, Mirka Federer. O diretor definiu o episódio como embaraçoso e reconheceu que Federer tem bons motivos para estar descontente. Apesar disso, Ysern definiu toda a situação como “uma falta de bom senso” do staff de segurança do torneio, que deixou o jovem se aproximar de Federer.

“Honestamente, neste ponto dos acontecimentos, não há razão para mudarmos os procedimentos de segurança”, declarou Ysern em uma coletiva. O diretor ressaltou que a segurança no mundo do tênis foi abalada mundialmente após o ataque contra a então número 1 do ranking mundial, Monica Seles, quando um torcedor esfaqueou a tenista nas costas durante a pausa após sair da arquibancada no Torneio de Hamburgo, em 1993.

“Depois do que aconteceu com (Monica) Seles e por nós vivermos em uma civilização que ficou um pouco louca, é claro que nós devemos aos jogadores a segurança para que eles possam jogar em quadra”, atestou Ysern. “Felizmente, nosso esporte não tem cercas ou arame farpado ao redor das quadras. Não há aquela separação física que não é muito satisfatória”, completou o diretor.

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