As duas rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro mostram algo que já é natural para a dupla Atletiba. O “complexo do pijama”, em que só ganha dentro de casa e perde longe de seus domínios, parece que vai seguir firme e forte nesta temporada. De novo. Junta-se a ele a famosa “gangorra” dos times – quando um perde, o outro ganha, e vice-versa.
Mesmo contra um time B do Internacional, que demonstra qualidade com uma equipe mista, o Furacão fez seu papel na rodada inicial e venceu por incontestáveis 3×0, na Arena da Baixada. O Coxa, por outro lado, perdeu de virada para a Chapecoense, na Arena Condá, por 2×1.
No jogo seguinte, inversão de papel. O Rubro-Negro atuou diante do Goiás, no Serra Dourada, e foi derrotado por 2×0, em mais uma arbitragem polêmica de Héber Roberto Lopes. Já no Couto Pereira, o Verdão venceu o Grêmio também por 2×0 e mostrou sua força no local.
Essa gangorra dos times paranaenses, que incluiu o Paraná na Série B, não é algo surpreendente. Com raras exceções, em que fazem boas campanhas, a sina é a mesma: animar o torcedor jogando em casa e a expectativa voltar à realidade quando atua fora.
Nos últimos cinco anos, por exemplo, o Coritiba venceu 18 duelos longe do Couto Pereira. Esse número é embalado pela campanha campeã no acesso de 2010, quando ganhou oito jogos fora de casa. Na Série A, isso diminui bastante: em dois anos conseguiu vencer três partidas e em outros dois triunfou duas vezes.
O cenário é parecido com o do rival Atlético, que ganhou mais vezes: 27 jogos. Mas também tem um aumento devido à Série B de 2012, quando venceu dez partidas diante do Ecoestádio Janguito Malucelli – a Arena estava em reforma para a Copa do Mundo. A média, na elite do futebol brasileiro, é vencer cinco duelos fora de seu estádio, algo que só não aconteceu em 2011, quando a pífia campanha levou ao rebaixamento, vencendo só duas vezes.
Menino mimado! Leia mais sobre o Atlético na coluna do Mafuz!