Abrindo o jogo

Petraglia diz que temporada do Atlético até agora foi “péssima”

Normalmente avesso ao contato com jornalistas, o presidente do Atlético Mario Celso Petraglia veio a público pela primeira vez depois da crise técnica do time – que foi parar no Torneio da Morte no Paranaense e entra em campo hoje para tentar reverter a vantagem do Tupi na Copa do Brasil. Em entrevista à RPC, o cartola concordou com a reação negativa dos torcedores nos últimos tempos, garantiu que não há problema na rotatividade de técnicos na temporada e admitiu que está difícil reforçar o time para o Brasileirão, que para o Furacão começa domingo, às 16h, contra o Internacional, na Arena da Baixada.

O resumo de Petraglia para o 2015 atleticano em campo é simples e duro. “Péssimo. Ruim. Sem nenhuma explicação ou justificativa”, afirmou o presidente. É um ano até agora horrível nos resultados em campo – e mesmo Petraglia, que não vê importância nenhuma no Campeonato Paranaense, admite que o rendimento é muito abaixo do esperado. “Nós tivemos um planejamento tranquilo e as coisas começaram a não acontecer, há uma pressão muito grande. Nós não deixamos de ser torcedores fanáticos, você quer ver o seu clube ganhar e dar satisfação a todos nós e para a torcida, de uma forma geral. E a coisas não encaixaram”, completou.

O marco inicial da crise foi a derrota para o Foz, ainda na primeira fase do Estadual. Foi quando o Atlético optou por colocar os titulares, e aí a casa caiu. Petraglia não se arrepende da decisão. “Não me arrependo de nada do que eu fiz. Me arrependo apenas do que deixei de fazer. Prefiro fazer, errar, mas buscar solução. Nós entendemos naquele momento que o time principal deveria jogar, perdemos o jogo para o Foz e criou-se esse conflito todo”, explicou.

Nessa péssima fase, foi uma ciranda de treinadores. Em quatro meses, comandaram o time Claudinei Oliveira, Marcelo Vilhena, Enderson Moreira, Marcão (interino) e agora Milton Mendes. Isso não é um problema fundamental para Petraglia, que garantiu não ter havido “herança maldita” dos que passaram. “Nós não queremos treinadores que venham e encham a prateleira de indicações de jogadores deles, e depois vão embora e nos deixam cheios de compromissos. Isso o Atlético não faz, ao menos na nossa gestão”, comentou na entrevista para a RPC.

E as cobranças da torcida? “A torcida realmente está chateada, quem não está nesse momento? Tivemos uma performance terrível no Paranaense. Ficamos triste pela performance de um clube que é um dos maiores do Brasil e das Américas estando em um momento não tendo os resultados que gostaríamos. Nos preocupa, não somos irresponsáveis”, disse o presidente rubro-negro, que confirmou que a busca por reforços persiste, mas com as dificuldades conhecidas. “Estamos desde dezembro buscando soluções, tentando trazer grandes jogadores e não conseguimos, porque o que nós queremos custa caro”, admitiu Mario Celso Petraglia. Mas o presidente é otimista. Espera melhores resultados já a partir de hoje na Copa do Brasil. “A torcida nos cobra, e com razão, que não temos trazido grandes jogadores para cumprir as promessas e fazer um grande time. Mas vamos arrumar, tenho certeza, pela experiência, pela posição do clube, que não é endividado”, finalizou.

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