Para o alto!

Objetivo do Operário agora é a Série C do Brasileiro

Organização, raça e estrutura. A trinca que levou o Operário ao título paranaense será repetida para a Série D, o próximo desafio do Fantasma. A conquista inédita foi fruto de um trabalho que começou em meados do ano passado, já rendeu mais frutos que o esperado no primeiro ano e que agora passa a ser mais ousado – visando, sim, o acesso à terceira divisão do futebol brasileiro.

Após uma temporada trágica, lutando para escapar do rebaixamento no Torneio da Morte, o Operário mudou completamente de filosofia. Saíram os ‘parceiros’, que colocaram diversos jogadores que fracassaram em 2014, vieram os homens da terra. Quarenta empresários locais assumiram o compromisso de investir no clube o necessário para a montagem de um time competitivo e a recuperação do estádio Germano Krüger. Formou-se então um grupo de apoio ao presidente Laurival Pontarolo e ao diretor de futebol Antônio Mikulis.

Com respaldo financeiro, o Operário partiu para montar o elenco hoje campeão do estado. Iniciou pelo treinador. Itamar Schülle não tinha feito uma passagem destacada pelo Nacional de Rolândia, experiência anterior dele no Paraná. Mas pesou a favor dele os bons trabalhos no interior do Rio Grande do Sul. Em torno do técnico, uma comissão técnica forte, com destaque para os preparadores físicos Carlos Alberto Bedin e Jackson Schwengber.

Itamar e Mikulis delinearam o perfil do elenco: um grupo fisicamente forte, obediente taticamente, que resistisse à exigência do Estadual, e que tivesse opções de banco. Conseguiram isso trazendo atletas veteranos como Nequinha, Douglas e Danilo Baia, destaques do interior como Ruy, conhecidos do treinador como Sosa e garotos da casa como Pedrinho. Essa mescla fez do Operário o time mais competitivo do Paranaense, sobrando fisicamente na hora do mata-mata.

Agora, a luta é para manter a base. Ruy, Juba e Lucas interessam a times da Série A e da Série B. O próprio Itamar Schülle pode deixar o Germano Krüger. Mas Pontarolo, Mikulis, os quarenta apoiadores do Fantasma e a torcida que abraçou o clube (inclusive se associando) não querem deixar a peteca cair. E pensam em um time forte, de novo, para lutar pelo acesso na Série D a partir de 12 de julho.