O responsável

Schülle foi o cara que montou o elenco campeão do Paranaense

Aos 48 anos, Itamar Schülle conquistou ontem o seu principal título como treinador na carreira e ganhou de vez seu espaço no futebol paranaense. Técnico desde 2002, Itamar já havia passado por aqui duas vezes, no Nacional, entre 2003 e 2004, e no Rio Branco, em 2007.

Porém, fez a maior parte da sua carreira no futebol catarinense e gaúcho, onde conquistou a Copa Willy Sanvito e o Campeonato Metropolitano, ambos em 2013, pelo Novo Hamburgo.

No Fantasma, o treinador teve a oportunidade de mostrar serviço e deu conta do recado. Levou o clube de Ponta Grossa à inédita conquista do Campeonato Paranaense. Fruto de um longo trabalho, que começou ainda em outubro de 2014, quando foi contratado, mas ganhou uma cara ao longo da competição.

Quando chegou, Schülle sequer tinha jogadores à disposição. Começou tudo do zero. Dentro da filosofia da diretoria, foi montando um elenco com suas características e jogadores de sua confiança. E deu certo.
Linha dura, o treinador não dá moleza para seus atletas, ao mesmo tempo em que passa confiança. Talvez aí tenha sido o segredo de um Operário competitivo e sem medo dos adversários. Venceu o Atlético na primeira fase, eliminou o Paraná e superou o Coritiba na decisão. No meio do caminho, também derrotou, em pleno Estádio do Café, o Londrina, representante paranaense na Série C do Campeonato Brasileiro. Todos eles em divisões acima do Operário.

A cobrança do técnico jogo após jogo fez o clube alcançar o feito inédito. Quando o Paranaense começou, o objetivo operariano era melhorar a campanha do ano passado, quando brigou para não cair no Torneio da Morte, e, na sequência, conquistar uma vaga na Série D.

E o respeito e reconhecimento por parte da torcida veio de forma justa. Na comemoração do título estadual, o coro de “Fica, Itamar” soou forte nas arquibancadas.