Derrotado dentro do seu próprio estádio numa final de campeonato depois de 25 anos, o Coritiba verá nos próximos dias aumentar a pressão do torcedor por contratações. Afinal, o Brasileirão começa sábado para o Coxa e o olhar da galera é simples: se o time não teve forças para ser campeão paranaense, como vai se virar contra os principais times do País? Antes mesmo da decisão com o Operário, essa preocupação já era vivida internamente.
A uma semana do início da final do Paranaense, o técnico Marquinhos Santos disse em entrevista ao SporTV que o Coxa teria que se fortalecer pensando na Série A. “Nós temos que qualificar e quantificar o nosso grupo”, afirmou. O treinador segue com algumas preocupações, não só apenas a falta de um armador – que ontem acabou de novo ficando evidente, e que o clube espera ver suprida com a contratação de Thiago Galhardo. Ele quer mais opções para setores com titulares estabelecidos.
Um exemplo é Negueba. O jogador foi um dos melhores do Paranaense, mas não tem um suplente definido. Mazinho, que veio para o Alto da Glória na transferência de Robinho, começou como titular mas perdeu espaço e na reta final chegou a ficar fora do banco de reservas. Para Marquinhos, é necessária a contratação de mais um jogador de velocidade – alguém como Paulinho, destaque do Londrina no Estadual.
Outro exemplo está na zaga, onde Luccas Claro, Leandro Almeida e Welinton seguem sendo as peças principais, mas a preocupação com a reposição fez o Coxa ir atrás de Leandro Silva, do J. Malucelli. Poderá ser assim em outros setores, como no ataque, onde se prevê maior dificuldade para Rafhael Lucas, principalmente nas primeiras rodadas do Brasileiro.
O plano alviverde é criar rapidamente uma ‘gordura’ nas primeiras rodadas, apesar da sequência inicial complicada – estreia fora contra a Chapecoense, depois o Grêmio no Couto Pereira e o Sport na Ilha do Retiro. O Coxa quer evitar riscos na fase delicada do campeonato, quando as partidas serão no meio e no final da semana. Para isso, é preciso ir muito bem – no planejamento do clube – nas primeiras dez ou onze rodadas. E para isso, é preciso fazer bem mais do que o Coxa fez até agora na temporada.