Mudança Geral

Reforços e busca de treinador. Tricolor segue se preparando para a Série B

Sem técnico e com a comissão técnica sendo toda alterada, o Paraná vai buscando reforços no mercado e dá indícios de que o novo treinador está nas finais de algum Estadual.

O Tricolor contratou quatro jogadores até o momento: os zagueiros Zé Roberto (Luverdense) e Rodrigo (XV de Piracicaba), e os volantes Washington (Palmeiras) e Éder Araújo (São Bento). O ala Rafael Cruz, que estava no São Bernardo, treinou no CT Racco na semana passada, mas a negociação ainda não foi fechada.

O superintendente de futebol, Durval Lara Ribeiro, segue atrás de contratações para a disputa da Série B, que inicia no dia 8 de maio, diante do Ceará, na Vila Capanema. Mais três atletas estão apalavrados e serão anunciados nesta semana – na eliminação contra o Jacuipense, quatro jogadores estavam no camarote do ex-presidente Aquilino Romani e um foi oficializado.

O foco, como esperado e divulgado, é o interior paulista. Vavá, recentemente, confirmou que 97% das contratações viriam de São Paulo e a quantidade iria variar entre 10 e 12 jogadores. Até agora, os novos atletas que chegam confirmam a teoria.

Já no comando da equipe, o fato da direção paranista efetivar Fernando Miguel, observador técnico, como treinador interino reforça a tese de que as negociações para o novo técnico estão bem avançadas – ou não faria sentido mudar praticamente tudo neste setor. O nome mais forte continua sendo de Nedo Xavier, do CSA-AL, que disputa a semifinal do Campeonato Alagoano. Itamar Schülle, finalista do Paranaense, também é um nome cotado, assim como Fernando Diniz, do Audax-SP.

Geninho, desempregado, é uma opção mais remota pelo alto salário (cerca de R$ 150 mil), mas com chances pela amizade pessoal com Vavá, que conversou com o treinador semana passada. O comandante aceitaria reduzir para R$ 100 mil – ainda inviável.

O nome deste último, como esperado, é o preferido da torcida. Em 2000, no Módulo Amarelo, Geninho chegou durante a competição, arrumou a equipe e conquistou o título do torneio, colocando o Tricolorna elite do futebol brasileiro. O time caiu apenas nas quartas de final para o campeão Vasco. Em 2013 e 2014, o técnico subiu da Série B para A com Sport e Avaí, respectivamente.

Mudanças

Marcos Walczak, que trabalhou 14 anos no Paraná e estava no J. Malucelli, retorna após quatro anos. Em 2011, o preparador físico foi demitido um dia antes de um confronto pela Série B. Já Wagner Milléo, que será o preparador de goleiros, estava no Rio Branco e trabalhou nas categorias de base do Coritiba.

Time contra a maré

Faltando pouco menos de duas semanas para fazer sua estreia na Série B, o Paraná faz um caminho contrário dos seus adversários. No momento, o Tricolor é o único clube da competição a não ter um treinador.

Para piorar a situação, na maioria dos casos os treinadores vivem uma situação um tanto quanto confortável. René Simões, no Botafogo, Silas, no Ceará, Ricardinho, no Santa Cruz, e Sérgio Soares, no Bahia, levaram seus clubes às decisões dos estaduais.

Mas também tem aqueles que vão iniciar o torneio nacional com a corda no pescoço, como Marcelo Martelotte, que vive um clima de tensão com a diretoria do Atlético-GO, Ney da Mata, que pode ser vítima da eliminação precoce na Copa do Brasil – caiu nos pênaltis para o Moto Club, do Maranhão, na primeira fase. E Júnior Rocha, que pode ver a queda do Luverdense na semifinal do Matogrossense como o fim do seu ciclo por lá.

Além deles, Dado Cavalcanti, embora tenha a confiança do presidente Alberto Maia, vive situação delicada após seguidas eliminações pelo Paysandu, e Givanildo Oliveira vem sendo contestado por sequer colocar o América-MG na semifinal do Campeonato Mineiro. (Felipe Raicoski)