Compras no interior

Tricolor aposta no mercado paulista para buscar reforços

A busca do Paraná no mercado do interior paulista é clara. O volante Éder Araújo e o zagueiro Rodrigo, do São Bento e XV de Piracicaba, respectivamente, mostram que os reforços dificilmente vão fugir de lá.
O superintendente de futebol, Durval Lara Ribeiro, viajou pelas cidades de São Paulo para acompanhar alguns atletas. Nos anos 2000, o dirigente também sempre focou neste perímetro. Na época, entre acertos e erros, trouxe alguns bons exemplos: Pierre (hoje no Fluminense), Caio (Bragantino), Maicosuel (Atlético-MG) e Borges (Ponte Preta).

A eterna estratégia de Vavá, inclusive, é elogiada pelo técnico Luciano Gusso. “O Campeonato Paulista é bem competitivo, de nível bom. É um mercado importante, que trará atletas de ótima qualidade”, analisou.
O perfil do jogador, além de vir do interior paulista, é de ser pouco conhecido no cenário nacional e com vontade de vencer na carreira. O gerente de futebol, Edson Neguinho, segue a linha e afirma que as contratações têm que saber da tradição do Tricolor. Algo que o treinador paranista também concorda. “Independente disso, o jogador tem que vir para honrar a camisa e ajudar nas conquistas dos nossos objetivos”, completa.

Os reforços prometidos começaram a chegar a partir desta semana. Gusso pretendia ter mais opções antes, até mesmo para o duelo de hoje, contra o Jacuipense, na Vila Capanema. Porém, o técnico entende que a busca está sendo forte e acredita no novo grupo que assumiu o Paraná. “Quanto antes, melhor. Até para ter tempo de trabalhar, todos se conhecerem. Espero contar com alguns atletas já para a Copa do Brasil”, afirmou, lembrando que, se passar no duelo desta noite, enfrenta o Náutico daqui uma semana.

Segundo reforço

No final da tarde de ontem foi a vez do zagueiro Rodrigo, 28 anos, ser confirmado oficialmente. Com passagens pelo Marcílio Dias, Toledo, Cascavel, Comercial-MS, Cene e XV de Piracicaba, o defensor fica até o final do ano.
Rodrigo fez 58 jogos e marcou seis gols pelo time paulista. Com contrato até o final do mês com o XV, o zagueiro recebeu proposta na semana passada e acertou sua vinda ao Tricolor.

O jogador vem para um setor carente atualmente no elenco. Com 12 gols sofridos em 13 partidas do Paranaense, a zaga foi bastante questionada. Cleiton, Luiz Felipe, Gustavo e os pratas da casa Bianor e Renan fazem parte do grupo, mas nem todos devem ficar.

“Chego com muita vontade em contribuir com o Tricolor. A diretoria mostrou um planejamento sólido para a temporada. Vamos em busca do grande objetivo: recolocar o Paraná Clube em seu lugar, a Série A”, prometeu.

Vavá tem histórico de sucesso

Jogadores pouco conhecidos no cenário nacional, com vontade de vencer na carreira e oriundos do interior paulista. Este é o perfil de reforços procurados pelo atual responsável pelo futebol do Paraná, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, para a Série B de 2015. “Não contrato jogador meia-bomba”, disse o dirigente, na última terça-feira.
O volante Éder foi o primeiro da leva caipira que deve desembarcar no Durival Britto nos próximos dias. Relembre aqui os casos de maior sucesso do dirigente.

Pierre

Campeão paulista pelo Ituano em 2002, o volante Pierre desembarcou no Paraná em 2003, após ser observado por Vavá e por Cuca, então técnico paranista.

Em pouco tempo, virou titular absoluto e conquistou a torcida. Em 2004, voltou para o Ituano. Em 2005, Pierre estava de volta à Vila Capanema, onde permaneceria até o ano seguinte, participando da campanha que conduziu o Tricolor a uma vaga na Taça Libertadores.

Em 2007, foi contratado pelo Palmeiras. Hoje defende o Fluminense.

Caio

Outro destaque do Ituano de 2002, Caio chegou ao Paraná logo após o Paulista daquele ano. Em 2003, o “motorzinho da Vila”, como ficou conhecido, foi destaque na boa campanha paranista no Brasileiro. No final de 2003 rumou para o futebol da Coreia do Sul. Atualmente está no Bragantino.

Borges

O União São João foi rebaixado no Paulista de 2005. Mesmo assim, Vavá conseguiu encontrar no derrotado esquadrão um talento de valor.

O atacante Borges chegou ao Tricolor ainda em 2005, para a disputa do Brasileiro. Foi o vice-artilheiro do Brasileiro de 2005, com 19 gols. No fim do mesmo ano, foi para o futebol japonês. Hoje joga pela Ponte Preta.

Maicosuel

Até então uma promessa do pequeno Atlético de Sorocaba, o meia-atacante de nome exótico chegou ao Tricolor em 2005. Com apenas 18 anos, ficou na reserva da equipe paranista daquele ano.

Em 2006, ganhou destaque e a titularidade na conquista do Estadual e da campanha que conduziu a equipe à inédita vaga na Taça Libertadores, conquistando o apelido de “Maicoshow”.

Foi o que bastou para que o Cruzeiro contratasse o atleta, em 2007.

Além do clube mineiro, Maicosuel jogou ainda por Palmeiras, Botafogo, Hoffenheim-ALE, Udinese-ITA e Atlético-MG, seu atual clube. (Julio Filho)