Time encorpado

Nova diretoria ja começa a montar o Tricolor pra Série B

Luiz Carlos Casagrande garantiu que o Paraná já está de olho no interior  paulista e pode ter apoio de empresários. Foto Daniel Castellano.

Com as mudanças no departamento e futebol, iniciada na quarta-feira passada, um dia depois da renúncia de Rubens Bohlen, o Paraná já começa a planejar a busca por reforços para a Série B. E, até o final do Campeonato Paranaense, não dispensará ninguém.

O novo superintendente de futebol, Durval Lara Ribeiro, viajou no final da última semana para buscar parcerias e conversar com empresários da bola. O interior paulista, inicialmente, foi o foco para conseguir investimentos. A LA Sports, antiga parceira, também está na lista de conversas – assim como manter o bom vínculo com o empresário Marcos Amaral, principal parceiro há quatro anos.

“Ele (Vavá) não terá liberdade total, mas está viajando e trabalhando pelo clube. Vamos trabalhar com empresários, sem fechar as portas para ninguém. Só ter mais cautela, digamos assim”, explicou Luiz Carlos Casagrande, mandatário do Tricolor.

Já Fernando Miguel vai atuar como o elo de comunicação entre diretoria e elenco paranista, passando também pela comissão técnica. Além disso, outra função é ser o braço direito de Vavá na caça por jogadores. “Ele vai assistir aos jogos, trazer informações e funcionar como um olheiro do clube”, afirmou Wadomiro Gayer Neto, integrante do “Paranistas de Bem”, que assumiu o clube.

Parcerias com clubes da Série A, como aconteceu recentemente com Internacional e Santos, podem ser feitas. Já a negociação com J. Malucelli e Atlético não parecem animar a cúpula do Tricolor. “Nunca soube disso de pegar atleta do Jotinha, não existe. Temos que ter a consciência de que não adianta vir um pacote que não interessa aos clubes para possam desovar e encher prateleira aqui. Tem que ser interessante para o Paraná”, garantiu Casinha.

Mas, por enquanto, uma coisa é certa. O atual elenco não será modificado durante a fase mata-mata do Estadual. Além disso, o elenco considerado ideal para o Campeonato Brasileiro é de 33 jogadores. “Não tem como chegar para o elenco e discutir isso agora, no meio do Paranaense. Vamos trazer jogadores para atuar, pontuais nas carências. De preferência com percentual para o clube. Não para ficar só treinando e no departamento médico”, prometeu o presidente.

Com quase 20 atletas formados nas categorias de base, fora os experientes, a comissão técnica vai avaliar quem fica e sai após o Paranaense. Atualmente, o grupo chega perto dos 40 jogadores. Os salários, inclusive, serão conversados para encaixar no orçamento. “Tudo depende do acerto. Vamos renegociar com os jogadores, mas sem caça às bruxas”, explicou.

Ajuda

Com o retorno dos “Paranistas de Bem”, agora com 11 paranistas – o prefeito de Quatro Barras, Loreno Bernardo Tolardo, entrou no grupo -, o Tricolor espera que os R$ 400 mil mensais garantidos cresçam ainda mais para o departamento de futebol. O aporte, inclusive, será apresentado mês a mês para o Conselho Deliberativo, Consultivo e Fiscal. Como as contas do clube estão bloqueadas, o dinheiro sequer vai passar por elas.

Casinha, aliás, pede que mais empresários tricolores possam se unir à causa e oferecer recursos ao Paraná no sonho de jogar a Série A em 2016. “Vamos fazer um time competitivo dentro das nossas condições. Queremos mais paranistas ajudando nosso grupo para recuperarmos esse tempo perdido”, pediu Luiz Carlos Casagrande.