O inferno astral geralmente é só até o aniversário. Para o Atlético, que completou 91 anos no dia 21, durou todo o mês de março e se estenderá por abril, por conta da traumática participação no Torneio da Morte, para fugir de um vexatório rebaixamento no Campeonato Paranaense. Para piorar, o clube perdeu sócios. A conta ainda não está fechada, mas foram cerca de 500 cancelamentos de planos, contra 50 novas matrículas.
Esse déficit gerou inclusive uma situação inusitada na segunda-feira. De passagem no Espaço Sócio Furacão, o vice-presidente atleticano, Luiz Salim Emed – um potencial candidato da situação à presidência na eleição do final do ano -, viu um torcedor pedindo o cancelamento de sua carteira de sócio. Imediatamente, chamou-o para uma sala reservada.
O dirigente pediu trinta dias de voto de confiança. Garantiu que medidas estão sendo tomadas e que irão tirar o time da atual situação. Entre as promessas estaria a contratação de cinco jogadores, três deles considerados “selecionáveis”. Deu certo.
O primeiro nome da lista do Furacão seria o atacante Walter, do Fluminense. O jogador teve seu melhor momento na carreira justamente com Enderson Moreira, no Goiás, entre 2012 e 2013. Marcou 45 gols em 82 jogos.
Na reserva do Flu, Walter quer deixar o clube carioca – ontem, abandonou o treinamento. Esteve muito próximo do Santos, em uma troca que envolveria Thiago Ribeiro. Negócio brecado com a demissão de Enderson.
O alto salário do atacante (recebe aproximadamente R$ 200 mil por mês) pode dificultar uma possível negociação. Mário Bittencourt, vice de futebol do Fluminense, admitiu o interesse do Atlético, mas garantiu que a consulta pelo atleta não evoluiu.
Enquanto não reforça o elenco, o Furacão aposta em intensificar as campanhas de marketing, o que inclui melhorar os benefícios aos associados.