A partir das 16 horas deste domingo (29), o Campeonato Paranaense abre contagem regressiva para o fim da primeira fase. Como cinco dos seis jogos interferem diretamente no futuro da competição (veja os detalhes ao lado), a última rodada também serve de prévia para o público no mata-mata. Chance de deixar uma boa impressão e finalmente ‘inaugurar’ a fase de emoção da disputa.
Nas dez primeiras rodadas, o Estadual atraiu pouquíssimos torcedores. Enquanto a média de público não chega a 3 mil pagantes por partida, os estádios estão vazios – a maior taxa de ocupação é do Foz do Iguaçu, que não lota nem metade do Estádio do ABC (37,9%).
Os gols também estão em retrocesso. Na edição de 2014, o Paranaense registrou 2,64 gols/jogo. Desta vez, o índice de bolas na rede está em apenas 2,11. Isso, turbinado pelos 22 gols nos seis duelos do último fim de semana, incluindo os 7 a 0 aplicados pelo Furacão no Nacional.
Depois da rodada deste domingo, quando o Estadual chegará à marca de 66 partidas, o mata-mata surge como a melhor chance de uma guinada na competição.
Contando com o Torneio da Morte e a disputa do campeão do Interior, são 39 partidas para o campeonato tentar deixar os fracassos para trás.
“É um jogo lá e outro cá. Cria a expectativa na torcida, uma motivação especial. Existe possibilidade é de melhorar muito a presença da torcida”, opina Ernesto Pedroso, vice-presidente de futebol do Coritiba. “É mais interessante para os torcedores”, concorda Aldo Coser, vice-presidente paranista.
No caso do Coxa, o jogo contra o Paraná, na Vila Capanema com portões fechados – a Polícia Militar (PM) não autorizou a presença de público por causa de laudos de segurança vencidos – vale a liderança. O Tricolor, por outro lado, pode fechar a classificação na terceira posição.
Para o Rubro-Negro, que começa a rodada final eliminado, a prioridade é evitar o vexame de disputar o Torneio da Morte. Para isso, além de derrotar o atual campeão Londrina, precisa torcer para o Foz do Iguaçu tirar pontos do Cascavel, que estreia na elite neste ano.
“Estamos empolgados, o balanço da temporada é positivo, principalmente porque o torcedor abraçou o clube”, comemora Elson Benjamim Vieira, presidente do time do Oeste, que não pensa em outra possibilidade a não ser avançar às quartas de final.
Vice-campeão em 2014, o Maringá chega ao jogo contra o vice-líder J. Malucelli classificado, mas longe de acreditar que o Paranaense só começa mesmo a partir do ‘matar ou morrer’. Lição que o Atlético espera não aprender na prática. Caso contrário, vai apimentar o Torneio da Morte.
“Se você bobear não fica entre os oito. Se der mole, está morto. Nós já estamos garantidos na Primeira Divisão. Então agora vamos brigar por Copa do Brasil, Série D…”, garante o presidente João Regini.