De olho na lei

Coxa quer se envolver na elaboração da lei sobre salários

Semana passada, a edição da Medida Provisória do Futebol foi festejada como o início de uma recuperação financeira e esportiva do futebol brasileiro. E a diretoria do Coritiba tem agido nos bastidores para participar ativamente da elaboração da lei que renegociará a dívida dos clubes. Do dia da assinatura pela presidente Dilma Rousseff, 19 de março, são marcados 120 dias para a transformação da MP em lei pelo Congresso Nacional, e é nisso que o Coxa que
participar.

O interesse é tanto que o presidente alviverde, Rogério Bacellar, foi pessoalmente a Brasília ontem para discutir com deputados e representantes do governo no Legislativo o que pode ser melhorado na lei. Entre as obrigações dos clubes, um ponto que incomoda o dirigente coxa-branca é a necessidade de terem uma conta de banco única, o que seria uma garantia para os credores.

“Nós acreditamos que a conta única pode ser prejudicial para os clubes, pois abre a possibilidade dessa quantia ser penhorada e os times não terem condições de fazer os seus pagamentos, incluindo salários, e cumprirem as suas obrigações com as parcelas da dívida”, disse Bacellar.

20 anos

Pela MP, os clubes têm de dez a vinte anos para quitar as seus débitos, com condições especiais de pagamento nos três primeiros anos. Em compensação, terão que dar contrapartidas, como publicar demonstrações contábeis padronizadas e auditadas; pagar em dia salários e obrigações tributárias, previdenciárias e trabalhistas, gastar no máximo 70% da receita bruta com a folha de pagamento; entre outras.

Atualmente, segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, a dívida do Coritiba com a União é de R$ 27,8 milhões. O maior devedor entre os clubes brasileiros é o Atlético-MG, com R$ 286,2 milhões, seguido de Flamengo (R$ 241,3 milhões) e Botafogo (R$ 219,9 milhões). O rival Atlético, por outro lado, deve apenas irrisórios R$ 90 mil.

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