Ainda sem novidade

Novo presidente do Tricolor vai se pronunciar apenas sexta

O dia posterior à renúncia de Rubens Bohlen na presidência do Paraná foi de absoluto silêncio. O novo presidente Luiz Carlos Casagrande continua sem se pronunciar, deixando para falar pela primeira vez somente amanhã, na sede social da Kennedy.

O mandatário paranista mantém sua rotina no clube, mesmo com o novo cargo e, de diferente, trabalha para unir novamente o grupo ‘Paranistas de Bem’. A palavra atual na sua visão é de ‘urgência’ para não perder tempo.

Entre o dia 2 e 24 de março, período em que o movimento ofereceu o aporte de R$ 4 milhões até a renúncia oficial de Bohlen, alguns consideram que oportunidades foram perdidas. O próprio grupo, quando disse ter desistido do projeto no dia 19, alegou que “oportunidades já estão sendo perdidas e parceiros estão declinando nosso convite, o que motiva alteração substancial nas condições anteriormente apresentadas” na época.

Passada quase uma semana, o objetivo atual é unir novamente. O empresário Carlos Werner, que voltará a coordenador as categorias de base financeiramente, e João Quitéria, antigo vice-presidente da Fúria Independente e que ficará no administrativo na Kennedy, estão unidos com Casinha. O trio, agora, trata de reunir os demais integrantes do movimento para garantir os recursos financeiros no futebol até o final do ano.

Durval Lara Ribeiro será o responsável pelo departamento, substituindo Marcus Vinícius (gerente), Fernando Leite (supervisor) e Marcelo Nardi (superintendente). Enquanto os dois primeiros ainda aguardam seus desligamentos por terem apoiado o ex-presidente, o último já entregou o cargo na manhã de terça-feira, através de uma carta.

Mas o rumo do futebol, que passa incerteza e desconfiança no elenco do Tricolor, como visto no treinamento de ontem no CT Racco, terá um cenário mais claro somente no final de semana. Vavá, mesmo fora da função de diretor desde 2011, deve falar junto com Casinha na coletiva de sexta. O ex-presidente do Conselho Deliberativo, Benedito Barboza, confirmou o retorno do dirigente ao dia a dia do Paraná.

“Olha, desmanchou o grupo antes da renúncia do Bohlen acontecer de fato. Se ele (Casinha) me convidar, eu volto e amanhã devemos conversar sobre a questão”, afirmou Vavá que, devido ao trabalho atual de carregamento de cargas, alegou que não conseguiu ter contato com ninguém do clube durante o dia. Aliás, foi o único a atender as ligações durante o dia.

A promessa dos ‘Paranistas de Bem’, inicialmente, é de montar uma equipe capaz de conseguir o acesso à Série A com R$ 400 mil mensais, deixando os salários em dia. A tendência é fazer parcerias com empresários para montar um time competitivo. Antigamente, Vavá tinha bom trânsito no interior paulista, de onde saíram atletas dos times de 2003, 2005 e 2006, formados pelo dirigente.

Contra o histórico de Ribeiro está a parceria com a LA Sports, que se envolveu em um imbróglio no ano do rebaixamento, em 2007, tirando atletas durante a competição. Em 2011, quando também colocou atletas na equipe, fez o mesmo com o volante Júnior Urso. Vavá, normalmente, assiste aos jogos do Tricolor no camarote da empresa, na Vila.