Graças a uma liminar deferida pela Justiça na sexta-feira, houve bate chapa, sábado na disputa pela presidência da Federação Paranaense de Futebol. Mas mesmo garantido pela Justiça na disputa, depois de ter a chapa indeferida pelo Conselho Eleitora da Federação, Ricardo Gomyde não contou com todos os votos que imaginava e acabou sendo derrotado por 33 votos a 28 na Assembleia Geral da entidade. Assim, o atual presidente da FPF, Hélio Cury, foi reeleito para mais quatro anos de mandato à frente do futebol paranaense.
A vitória no voto, ao invés da aclamação que se desenhava pela impossibilidade de outra chapa concorrer por conta de um regulamento confuso para a eleição dá mais legitimidade ao próximo mandato do presidente, que chegou ao cargo máximo do futebol estadual, por meio da Justiça, que caçou o então presidente Onaireves Moura e considerou Cury o vencedor da eleição da entidade em 2004, quando ele havia recebido apenas oito votos, contra 81 do adversário.
‘Foi uma escolha democrática, prevaleceu a vontade dos filiados. Os próximos quatro anos serão prósperos para o futebol paranaense, que agora, depois de muito esforço, tem uma federação sanada financeiramente e que continuará lutando exclusivamente para o fortalecimento do nosso futebol’, comento Cury.
Mas o fato de ter ocorrido uma votação também pode ser um trunfo da oposição, que questiona, judicialmente, a elegibilidade de Cury, visto que o presidente está suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter descumprido uma decisão da corte. Advogado que conseguiu a vitória judicial de Cury em 2007, Juliano Tetto foi, agora, candidato a vice de Gomyde e é o estrategista jurídico do grupo. ‘Era isso que queríamos. Agora temos votos registrados para nossa chapa. Cassamos o Cury e somos considerados vencedores da eleição’, disse um dos apoiadores da oposição, sem se identificar.