Meta é 10 mil sócios

Tricolor lança campanha para ter “número mágico” de sócios

No final de semana, o Paraná lançou uma nova campanha para atingir uma meta ousada para os parâmetros do clube: 10 mil sócios até o fim do ano. Para isso, o marketing paranista utiliza a imagem de ídolos da torcida ao longo dos 25 anos de história: o goleiro Marcos e o meia Lúcio Flávio, que estão no elenco, e os aposentados Ednelson, Goiano e Saulo.

Fabiano Stédile, um dos sócios da empresa responsável pelo departamento desde ano passado, disse que mais ex-jogadores estarão presentes nessa nova diretriz de pensamento. “Essa ideia é antiga. É uma maneira de sensibilizar o torcedor e trazer essa história de sucesso. Temos vários vídeos produzidos e um planejamento para utilizar. Do último sábado até o final deste mês, vamos lançar praticamente um por dia nas mídias sociais e em rádios”, promete.

A nova diretriz parece óbvia, mas não era usada no departamento em gestões anteriores. O Tricolor, ano passado, chegou a ter Ricardinho como técnico de novo e, mais uma vez, a imagem do pentacampeão mundial não foi utilizada junto com os camisas 1 e 10 da equipe. Em sua primeira passagem há três anos, apesar das promessas da direção, o treinador e Lúcio Flávio não foram explorados também. Mas agora é diferente. Pelo menos é o que parece neste início de 2015.

“Me convidaram para ajudar. Tenho carinho pelo clube e a gente espera que nossa imagem possa ajudar da melhor maneira possível. Que chegue a 10, 12 mil sócios. Só assim vai sobreviver. Eu creio que isso, de usar ex-atletas, tem que ser mais explorado. Fizemos história nos anos 90 e somos conhecidos nacionalmente por essa época”, cobra Saulo, maior artilheiro do Paraná, com 104 gols.

Hoje são menos de 5 mil

Com 4.678 adesões atualmente, a única que vez que o Paraná chegou perto desta marca ambiciosa imposta agora foi em 2013. Só que o ano era atípico. Com um elenco bom, o Tricolor figurou no G4 por mais da metade da Série B. Aliado a isso, a torcida comprou a briga na luta contra os salários atrasados e três frentes diferentes (Fúria Independente, Paranautas e Doutor Tricolor) pagaram patrocínios pontuais durante a campanha. Apesar de não voltar à elite do futebol brasileiro, aquele ano demonstrou que basta um trabalho sério, que os torcedores respondem. Em determinado período do segundo semestre, em meados de setembro, o clube tinha aproximadamente 8,5 mil sócios (quatro mil do social e quatro mil e quinhentos do futebol). “Depende muito do campo, com toda certeza. Mas temos que motivar a torcida, trabalhar essa parte institucional e conseguir mobilizar todo mundo”, garante Stédile.

Desde o fim de 2014, os associados foram unificados: R$ 90 individual, R$ 150 familiar. No sábado, o Paraná ainda lançou outra modalidade, com o pagamento de R$ 30 por mês, que dá direito a pagar metade do valor do ingresso. Saulo pede que essa e a próxima diretoria foquem dentro de campo. “Tem que conversar com conselheiros e diretorias para que possa ter mais sócios vindos do futebol. Acho que o clube tem mais dificuldade por ter que investir no social e futebol, o que acaba ficando pesado. O torcedor quer o futebol, bola na rede”, pede o ex-atleta. (GM)

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