Referência não apenas para os atletas, mas também para o torcedor, Lúcio Flávio segue sendo “a cara” do Paraná Clube. Em uma temporada que promete ser de provações para o clube. Relegado à Série B do Brasileiro desde 2008, o Tricolor busca encontrar uma solução para que possa, enfim, sair da fila. Parte desse esforço passa pela identificação de alguns jogadores com a camisa azul, vermelha e branca. Bem assessorado por Marcos e Ricardo Conceição, o capitão Lúcio Flávio sabe que só jogar bem não basta. Mais do que organização dentro de campo, o Paraná precisa – como nunca – de um trabalho bem desenvolvido fora das quatro linhas.
Prestes a completar 36 anos, o capitão paranista tem a exata noção de sua importância neste momento complicado do clube. “Estou iniciando a terceira temporada seguida no Paraná. Como jogador com o maior número de participações, sei que sou referência não apenas para os garotos que sobre da base como para aqueles que chegam ao clube”, comentou Lúcio Flávio. “Por isso, optei por ficar no Paraná. Tinha até algumas propostas de clubes do mesmo nível. Mas, decidi ajudar com a minha experiência e com a liderança, pois o time vai precisar”, completou.
Lúcio sabe que hoje o discurso pode até soar como repetitivo. Mas reconhece que o Paraná versão 2015 é uma incógnita. “Alguns jogadores saíram, houve a mudança no comando técnico e de filosofia. Começamos o ano apostando mais na garotada, mas com uma base mais experiente”, ponderou. “O Luciano (Gusso) conhece bem o grupo, inclusive tendo participado da formação desses mais jovens. É preciso calma e que se dê tempo para que ele possa realizar o seu trabalho”. Gusso comandou o time em momentos de transição, ano passado, e, nesta temporada, teve apenas dois jogos-treinos preparatórios para a largada do Estadual.
Para o meia paranista, o Paranaense servirá para medir o grau da equipe. “O título seria importantíssimo, mas, para isso, vamos ter que apresentar muito equilíbrio e esperar a evolução desse novo time”, afirmou. “Todos sabem que o foco do clube, como nos últimos anos, continua sendo o acesso à Série A nacional. Para isso, temos que avançar algumas etapas e, um bom desempenho nos primeiros meses da temporada ajuda muito”. Lúcio Flávio sabe que com o orçamento apertado, o Paraná não deverá fazer novos investimentos em atletas. Pelo menos neste momento. “O que a gente ouve é que ainda se busca um atacante, desde que dentro das possibilidades do clube. Para começar, deve ser esse grupo”, concluiu o camisa 10.