Para o Paranaense...

Tricolor reduz investimentos e aposta nos jogadores da base

O Paraná Clube “pisou no freio” e, diferente do que ocorreu em anos passados, decidiu não ampliar em demasia o leque de opções. Sem despejar reforços a cada instante, o clube joga as fichas na manutenção de uma espinha dorsal de muita experiência e na garotada para uma campanha segura e sem sustos. O desafio maior é curar velhas feridas e fazer com que em 2015 o nome do clube não esteja exaustivamente associado a atrasos salariais. Sob a batuta de Lúcio Flávio, o Tricolor promete não abrir mão da briga pelo título, mas claramente o objetivo maior é ganhar fôlego para a disputa da Série B.

Com uma postura mais austera em relação à formatação do seu elenco, o Paraná tratou de ceder atletas de salários mais elevados para outros clubes. Mesmo assim, uma base sólida foi mantida, com o goleiro Marcos, o zagueiro Cleiton, o volante Ricardo Conceição e o meia Lúcio Flávio. Além de Conceição, que reduziu significativamente seus vencimentos para seguir na Vila Capanema (após uma breve passagem pela Chapecoense), o clube ainda segurou Rubinho. “Já era hora de o Paraná seguir este caminho. Com pés no chão, mas sem abrir da qualidade, vamos buscar surpreender muita gente”, comentou Conceição.

O objetivo é fortalecer, ao longo do Paranaense, esta base para contratar pouco e melhor na hora dos ajustes visando o Brasileiro. Até aqui, o clube trouxe atletas jovens e em busca de projeção, mas num volume pequeno em relação a anos passados. Uma opção clara por atletas da base, que terão o Paranaense para se firmarem definitivamente. São os casos, por exemplo, do volante Jean e do atacante Carlinhos. “O clube sempre se notabilizou por buscar na base a solução para seus problemas. Era necessária essa guinada”, reconhece Carlinhos.

A incerteza maior, novamente, está no setor ofensivo. Após as saídas de Giancarlo e Adaílton, o Tricolor trouxe Rodrigo Tosi, Rossi, Maiquinho e Paulo Henrique. Caberá a Luciano Gusso buscar a “melhor limonada possível”. Ao torcedor, resta torcer para que os limões não azedem e que o a diretoria – mesmo em meio às já batidas dificuldades – consiga ao menos pagar em dia e equalizar os problemas extra-campo para um ano sem sustos, no Paranaense e também na Série B.