Pelo terceiro ano consecutivo o Atlético entra em campo com seu time sub-23 para disputar o Campeonato Paranaense. Os jovens que estreiam no próximo domingo, contra o Cascavel, no Olímpico Regional, têm uma vantagem em relação aos que jogaram os estaduais anteriores – desta vez, não se tem nem o impacto negativo de uma decisão tomada mais pelo lado político do que pelo lado esportivo, nem se sente uma pressão demasiada para que o clube retome a hegemonia estadual (o Furacão não conquista o Estado desde 2009). Mais tranquilos, os garotos podem fazer o que os outros times alternativos não conseguiram – construir uma campanha regular desde a rodada de abertura.
Em 2013 e no ano passado, o Atlético demorou a engrenar. Quando teve mais tempo para se acertar, há dois anos, recuperou-se a ponto de chegar à decisão contra o Coritiba. Sem o mesmo período, em 2014 parou nas semifinais ante o campeão Londrina. “Hoje eu não percebo essa pressão”, comenta o técnico Marcelo Vilhena.
Isto porque o que era uma demonstração de força contra a Federação Paranaense de Futebol passou a ser uma estratégia de sucesso. Nos dois anos o time sub-23 conseguiu bons resultados e, principalmente, revelou jogadores. Atletas como Douglas Coutinho, Marcos Guilherme, Nathan, Léo Pereira, Santos, Otávio e Hernani aproveitaram a chance do Estadual e hoje estão ou na Espanha, com o elenco principal, ou na seleção brasileira sub-20.
A estrutura do CAT do Caju nunca esteve tão azeitada. Com um pensamento único desde a base até o profissional, o Atlético quer unir resultados e revelação de valores. Quem vive o dia-a-dia atleticano acredita que os próximos anos serão de mais boas notícias. “Se o clube aguardar mais duas temporadas, teremos um trabalho que será único no futebol mundial”, afirma um dos integrantes do departamento de futebol rubro-negro.
Receita
Mas e a taça? Mesmo sem jogar o Paranaense, o zagueiro Gustavo dá o recado. “O Atlético tem que entrar em campo para vencer todas as competições que entra. E vai ser assim no Paranaense, tenho certeza”, diz o mais experiente do elenco rubro-negro.