Mudando de estilo

Coxa perde jogadores de destaque e precisa se reinventar

O Coritiba abre a temporada com um time ainda em formação e que buscará se reinventar, agora sem Alex e Robinho. Uma mudança drástica no setor de organização da equipe, pois Robinho – os números mostram isso – era um dos mais participativos meias da Série A e Alex era o “cérebro” do Verdão. Lacunas que, neste momento, seriam supridas por Pedro Ken e Dudu. Pelo menos é o que se desenha, após a realização dos primeiros trabalhos com bola.

A delegação seguiu para Atibaia ontem – para a segunda etapa da pré-temporada – ainda incompleta. O vice de futebol Ernesto Pedroso trabalha no sentido de contratar mais um meia e um atacante. “O grupo está quase fechado. Mas, estamos resolvendo essas questões”,  confirmou Pedroso, evitando especular nomes de possíveis reforços. Assim, se der sequência à formação utilizada no CT da Graciosa, o Coritiba começa a tomar forma com Vanderlei; Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Alan Santos, Rosinei, Pedro Ken e Dudu; Negueba e Keirrison.

Na prática, o time parte da estrutura defensiva, utilizada com sucesso na reta final do Brasileiro, para se reinventar no meio-campo e no ataque. Com a chegada de Hélder (que ainda depende de acerto com o Bahia, onde busca a rescisão), o time teria, além de sua zaga, a manutenção da dupla de volantes que melhor se encaixou, com Hélder e Rosinei. A partir disso, caberá a Marquinhos Santos definir a melhor estratégia e a formatação do quarteto de frente.

Diante das opções, Negueba parece ser a primeira alternativa para o quesito velocidade. Keirrison terá, na teoria, nova chance para se reafirmar. Mas, o clube, trata como prioridade a vinda de mais um camisa 9, que será Wellington Paulista, do Internacional.

Com um grupo relativamente parecido, o Coxa viveu momentos dramáticos no último Brasileirão. Desta vez, a aposta é num trabalho efetivo da comissão técnica desde o início do ano (em 2014 o clube teve três treinadores) e na nova estruturação administrativa e financeira. Com salários em dia e menos desperdício, espera-se um time competitivo, mesmo sem a genialidade de Alex.

Vale lembrar que apesar das limitações, quando conseguiu dar sequência ao seu trabalho, Marquinhos Santos conduziu o Coritiba à sexta colocação do segundo turno, com aproveitamento superior aos 52%.

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