O título da Copa do Brasil conquistado pelo Atlético Mineiro, na última quarta-feira, melhora o cenário para o Coritiba, que encara o Galo neste domingo – às 19h30, no Independência -, pela penúltima rodada do Brasileirão. Ao menos na teoria. Não se espera facilidade, mas é melhor, na visão dos coxas-brancas, enfrentar um adversário livre da pressão da vitória. Caso perdesse o título para o rival Cruzeiro, o time de Levir Culpi teria que vencer a qualquer custo para tentar a vaga na Copa Libertadores pelo Brasileirão, onde, hoje, ocupa a 5ª colocação.
Com a meta alcançada – inclusive para a fase de grupos da competição continental -, o Atlético deverá poupar seus principais jogadores. Na prática, o Galo cumpre tabela, enquanto o Coritiba luta pelo seu único objetivo: a permanência na Série A. Hoje com um risco de rebaixamento muito menor, até um ponto fora de casa, seria bem-vindo. Dependendo de uma derrota do Vitória (que enfrenta o Flamengo), com um empate o Coxa se garante matematicamente na primeira divisão, senão, teria ainda a última rodada, em casa, frente ao Bahia, para “bater o martelo”.
“É pouco, diante da grandeza do clube. Mas, neste momento, não adianta ficar lamentando a temporada. Temos que fechar o ano fora da ZR e, aí, começar a planejar 2015”, disse o goleiro Vanderlei, que no domingo passa a integrar um seleto grupo. Será o oitavo jogador da história do clube a disputar 300 jogos com a camisa alviverde. “Quando você chega num clube, pensa em fazer história. É claro que o objetivo são sempre os títulos, mas não é sempre que se atinge uma marca como esta. Já são sete anos de clube”, afirmou o dono da camisa 1.
Se no ano passado Vanderlei foi muitas vezes contestado, em 2014 ele conseguiu mudar o quadro. Foi impecável neste Brasileiro e está tendo participação direta na permanência do Coxa na Série A. Na sua visão, as cobranças dos torcedores são justificáveis. “Torcedor quer o time vencendo. Então, não é fácil você ficar apenas lutando para não cair. Isso não agrada a ninguém”. Vanderlei recorda dos bons momentos do clube, que conquistou a Série B em 2010 e, na sequência, disputou dois títulos da Copa do Brasil. Para o jogador, esse caminho de vitórias deve ser retomado o quanto antes.
O primeiro passo, nessa árdua caminhada, poderá ser dado neste domingo, “carimbando” a faixa do Galo Mineiro. Um triunfo fora de casa – o primeiro sob o comando de Marquinhos Santos – deixaria o Coxa, na pior das hipóteses, a apenas um ponto do fim do sofrimento. Pouco, como disse Vanderlei, para o histórico vitorioso do clube. Mas, uma conquista diante de todos os problemas vividos ao longo do ano, com reformulações de grupo, mudança no comando técnico, salários atrasados e a tensão constante, com o time permanecendo na ZR ao longo de 28, das 36 rodadas disputadas até aqui.