Mortal no Couto Pereira, o Coritiba encaminhou a sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Com quatro pontos, o clube não dependeria de nenhum outro resultado para se safar da degola. Mas, o objetivo poderá ser conquistado com muito menos.
O técnico Marquinhos Santos, porém, prefere se manter alheio à matemática. Segue na linha traçada desde o início, que coloca como objetivo estar fora da ZR no dia 7 de dezembro. “Descanso, mesmo, só no dia 8, quando quero poder pegar a estrada, tranquilo, com a minha família”, disparou o treinador logo após a vitória suada sobre o Palmeiras.
O ótimo desempenho no Alto da Glória (76,67%) fez com que o risco de rebaixamento caísse drasticamente. O Infobola calcula em 9% a ameaça que ainda cerca o Verdão. Já o Chance de Gol avalia o risco em apenas 4,8%. O alívio definitivo já poderá acontecer no próximo domingo. O Coritiba irá entrar em campo, no Independência, frente ao Atlético Mineiro, já sabendo dos resultados de Palmeiras e Vitória, seus principais concorrentes nessa luta pela sobrevivência.
Caso o rubro-negro baiano perca para o Flamengo, no sábado, em Manaus, um simples empate com o Galo garante o Coxa na primeira divisão para o ano que vem.
“O trabalho que vem sendo desenvolvido desde a minha chegada é muito sério”, disse Marquinhos. “Só tenho elogios a esse grupo, que encarou as dificuldades de frente e estamos, a cada rodada, mais próximos do objetivo”.
O treinador citou até um fato ocorrido no vestiário do Beira-Rio, após a derrota por 4×2 para o Internacional, pela 25ª rodada. Naquele jogo, que recolocou o clube na lanterna da competição, a reação do grupo foi um indicativo, para Marquinhos, de que o Coritiba iria sair da dificuldade. “A cobrança entre eles, intensa, foi um sinal do quanto todos estavam envolvidos no nosso projeto. Tem certas coisas que ocorrem no vestiário que não podem ser externadas. Mas, ali, vi que iríamos escapar”, revelou Marquinhos.
Apoio da torcida
Além do comprometimento do grupo, o técnico coxa-branca também falou, emocionado, da participação do torcedor. A energia das arquibancadas foi, na visão de Marquinhos, o ‘combustível’ para a salvação. Uma transformação que passou, claramente, pela mudança no comando técnico. Com Celso Roth, o Coritiba venceu apenas um (2×0, no Vitória) dos sete jogos disputados no Couto.
A partir da chegada de Marquinhos, foram sete vitórias em dez jogos. O Cori só perdeu, em casa, para o bicampeão Cruzeiro. “Aqui (no Alto da Glória), não tem como você não ser agressivo. O torcedor exige isso e o time conseguiu se encaixar nessa proposta de jogo”, arrematou Marquinhos Santos.