Hora da verdade

Apaixonados por MMA pedem mais profissionalismo

A grande revolução no MMA feita com o ‘boom’ do UFC pode ter feito com que o esporte se tornasse mais popular no Brasil. Entretanto, o sucesso das artes marciais mistas também trouxe pontos negativos para as lutas no nosso país. Muitos ‘aventureiros’ tentam lucrar em cima do MMA e fatores primordiais, como segurança dos atletas, pagamentos e organização de eventos têm sido deixados de lado.

Em Curitiba, o médico Oscar Achá, 60 anos, conhecido no mundo das lutas por ter ajudado de forma voluntária em inúmeros eventos de lutas na capital, tem mobilizado empresários, atletas, donos de academias e outros envolvidos com o MMA para que o esporte se torne mais profissional. “O MMA é um esporte de alto contato e temos que dar o mínimo de condições ao atleta e ao público”, destaca Achá, em entrevista exclusiva à Tribuna.

Segundo o médico, Curitiba tem recebido muitos eventos amadores, com erros de organização e até técnicos, com lutas mal casadas e arbitragem fraca. “Nós mesmos somos culpados, pois não nos preocupamos com organização, regras e tudo mais. Isso tudo tinha que estar em contrato, por escrito”, critica o médico. “Há muitos erros dos juízes. Um ou outro é normal, mas há muitas alterações de resultados”, frisou.

A mobilização tem como objetivo fazer com que todos ‘andem na mesma linha’. Atualmente, há muitas diferenças de regras em eventos e alguns pecam por não ter uma estrutura básica para que lutadores e fãs se sintam tranquilos. “Está na hora de corrigir antes que ocorra alguma fatalidade, pois isso só deteriorará o esporte”, ressaltou Achá.

Um encontro já foi realizado durante este mês. A próxima reunião está marcada para o dia 6 de dezembro, na Academia Striker’s House, em Curitiba. “Temos que chegar a um consenso”, conclui o médico.

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