Na Bronca

Torcida do Atlético reclama da atuação contra o Santos

O primeiro pensamento do torcedor atleticano, principalmente enquanto a bola ainda rolava ontem, na Arena, era de que o time já estava em ritmo de férias. O resultado contribuiu para que ficasse esta impressão (não certeza, que fique claro) no torcedor. O sentimento, inclusive, foi projetado por Claudinei Oliveira na coletiva após a derrota para o Sport. O torcedor, que sofreu com a luta do time contra o rebaixamento, se acostumou rapidamente com o bom futebol apresentado naquela arrancada e ficou automaticamente mais exigente.

A exigência, entretanto, foi exagerada neste caso. Embora o Santos estivesse em campo sem maiores pretensões, jogou bem e dificultou a vida atleticana, tornando um jogo amistoso num embate interessante, principalmente após o gol santista. As dificuldades criadas pelos visitantes existiram, mas o próprio Furacão se complicou e tornou o jogo mais complicado. “Até tomarmos o gol, talvez tenha sido a melhor partida nossa na Arena. Aí o Santos bate um tiro de meta e faz o gol. Nos desorganizamos um pouco talvez pela falta do Deivid. O Robinho e o Lucas começaram a melhorar e a ter mais posse de bola. Aí esfriaram um pouco o jogo”, disse Claudinei Oliveira.

O treinador atleticano cumpriu com o prometido e mexeu pouco no time, mas as mexidas surtiram pouco ou quase nenhum efeito. Outra mudança essa mais significativa e simbólica foi feita sem que houvesse a substituição de jogadores. Deivid, líder em desarmes entre todos os jogadores do Brasileirão, completou seu jogo de número 200 e ganhou de presente a braçadeira de capitão que vinha ficando com Marcelo.

“Já fui capitão em outros jogos, mas diante do torcedor, num jogo de confronto direto contra o Santos, uma equipe de tradição, não tem preço que pague. Ele já havia conversado uma vez comigo e já havia me incluindo nessa lista. Não é um só capitão no time, são vários. Hoje foi uma premiação, o reconhecimento aos meus 200 jogos a um jogador que esta aqui há tanto tempo”, orgulha-se.

Sem se importarem com quem era o capitão ou quais mudanças foram feitas, o torcedor reclamou da atuação do time. Pediu por Coutinho aos 20 do segundo tempo, exigiu raça aos 35 e novamente aos 47, pouco antes do término do jogo. Por fim, chamaram Marcelo de “pipoqueiro”. Os dois tropeços em casa deixaram o os atleticanos frustrados. O time terá mais três oportunidades de voltar às boas com o torcedor.