E agora?

Tricolor fez tudo certo em campo, agora é hora da diretoria

Juazeiro do Norte – A vitória de ontem em Juazeiro do Norte, diante do Icasa, por 2×1, foi comemorada pelos jogadores do Paraná Clube. O resultado atingiu o objetivo do clube em permanecer na Série B, em 2015. Com 47 pontos, o time terá ainda duas partidas para terminar o ano.
O êxito do Tricolor dentro de campo, mostrou mais uma vez um bom comportamento dos jogadores e comissão técnica. Os atletas, mesmo enfrentando dificuldades fora de campo, mostraram empenho em seguir as orientações do técnico Ricardinho. “Somos guerreiros e lutamos em todos os momentos do jogo. O Paraná é Série B”, disse o lateral Yan.

No entanto, a pressão ficou com a diretoria. Atletas e o técnico Ricardinho exaltaram os problemas financeiros e deixaram as dificuldades expostas de um clube devedor. “Somos feitos de homens, que têm dificuldades e necessidades. E ninguém abaixou a cabeça. Agradecemos a quem nos apoia, o torcedor. Estamos aqui, gratos por tudo que foi feito nos bastidores. Se eu pudesse, faria mais coisas para as tias que limpam, os mordomos. Acredito que se for mudado isto, o conceito de todos, o respeito ao próximo, faremos um futebol melhor, mas temos que mudar muitas coisas. Mais respeito ao profissional, ao trabalhador no dia a dia. Você ouve que é mercenário, um merda. Muita coisa tem que mudar para que o futebol seja bonito e alegre, respeitando com o torcedor”, desabafou Edson Sitta.

E o ídolo Ricardinho veio pela primeira vez a público para comentar sobre o assunto polêmico. Com uma carreira vitoriosa, o atual técnico esperou a definição do time na Segundona para o ano que vem. “Sempre tentamos conduzir esse grupo de maneira coerente e profissional, com o elenco respondendo positivamente, principalmente na entrega. Não é possível o Paraná viver desse jeito, não dá para fazer futebol dessa forma, com vários meses sem salário. Um clube de tradição e sem projeto, não vai dar”, admitiu Ricardinho

O próximo jogo acontece na sexta-feira, contra o Bragantino, no interior de São Paulo.