Novela

Prazo final para entrega do teto retrátil da Arena já era

Uma semana depois da chegada dos engenheiros espanhóis da Lanik I.S.A., responsáveis por apenas coordenar a montagem do teto retrátil da Arena da Baixada, as obras pouco avançaram. Pior do que isso, com os estudos feitos pela empresa espanhola, e de acordo com um relatório divulgado ontem, o prazo de conclusão da instalação da estrutura está completamente comprometido pela falta de informação, de equipamentos, de mão de obra especializada e de maquinários de ponta capazes de concluir a colocação da tampa do caldeirão atleticano.

“A tomada de futuras decisões continua causando grandes impactos na montagem da cobertura retrátil. Por tudo isso, podemos afirmar que a falta de tratamento dos fluxos de informações nos processos de gestão e montagem poderão levar a problemas patológicos na execução da montagem, atrasos nos prazos, baixa produtividade e qualidade e aumento substancial nos custos do Atlético”, explicou o diretor-executivo da Lanik I.S.A., César França, que está acompanhando de perto o trabalho dos engenheiros da empresa.

Um dos grandes erros, segundo a empresa, aconteceu quando o Atlético chamou para si a responsabilidade da instalação do teto retrátil sem ter o know-how para isso. “O processo se tornou uma atividade praticamente solitária, com total responsabilidade do clube. Se não ocorrer a melhoria dos equipamentos mais importantes, não será fácil modificar o projeto de montagem, porque não é tão simples e rápido corrigir erros de gestão e planejamento em projeto de grande responsabilidade técnica”, acrescentou.

Assim, sendo somente responsável pela orientação na instalação, mas sem contar com seus funcionários capacitados para realizar o serviço, a Lanik I.S.A. não garante a execução eficaz da estrutura retrátil. “Utilizamos parâmetros estatísticos, técnicos, estratégicos, táticos e operacionais, contudo não garantimos a precisão de um bom planejamento, pois para ter um maior controle da execução da montagem e do tempo da obra o cronograma deverá ser alimentado com o banco de dados específico do Atlético. Falta experiência, controle e visão a eles”, cravou França.

A empresa, no relatório emitido, destacou também a importância de valorizar a fase que antecede a execução de montagem da cobertura retrátil. “É muito importante o planejamento, o estudo, a concepção e o projeto para se obter uma melhor qualidade nos resultados. É importante também que os recursos sejam controlados e corretamente investidos nas atividades que trarão benefícios reais e imediatos ao Atlético”, detalhou.

Clima

Além de todos os problemas de gestão apresentados pelo Furacão nos últimos dias, as chuvas que prometem, segundo previsão, castigar a capital paranaense nas próximas semanas, podem também atrapalhar o andamento das obras. “Neste processo de montagem é preciso ter o controle pluviométrico, plano de ação, de segurança e de contingência em caso de falhas. Já falei e repito que nenhum funcionário vai trabalhar na instalação com chuva”, avisou França.

Com as obras em fase de estudos e praticamente paradas, sobretudo por causa da falta de maquinários de ponta para a realização do serviço, fica cada vez mais difícil acreditar que a tampa do caldeirão estará pronta até o dia 5 de dezembro, quando acontece o evento de MMA Shooto 52. Esta é a primeira atração trazida pela G3 United, que é a nova gestora da Arena da Baixada junto com o Atlético. A empresa afirmou, através da sua assessoria de imprensa, que o clube garantiu a estrutura funcionando até o dia do evento.