Drama

Tabu e pressão marcam o duelo contra o Corinthians

O Verdão não sabe o que é vencer o Corinthians, em São Paulo, há mais de onze anos. Um tabu que ganha proporções diante da pressão que o Coritiba carrega nestas últimas rodadas do Brasileirão. Atolado na ZR por nada menos do que 26 rodadas, o clube é apontado como um dos ‘favoritos’ ao rebaixamento. O Chance de Gol avalia em 58,7% o risco de queda do time de Marquinhos Santos. Número parecido com o apresentado pelo Infobola: 62%. Os jogadores sabem que, agora, qualquer deslize será fatal e que a cada rodada o importante será ‘sobreviver’.

Como pelo menos cinco times estão embolados nas últimas colocações e outros quatro que não conseguem abrir vantagem, a expectativa é que essa luta insana pela permanência na Série A se prorrogue até a última rodada. Pelo menos esta é a aposta dos coxas, preocupados com o sobe e desce do time. Desde a sua chegada, Marquinhos Santos já comandou o Coxa por catorze rodadas. Destas, só esteve fora da ZR em duas oportunidades, após as vitórias sobre São Paulo e Botafogo.

“O trabalho é no sentido de estarmos fora dessa ZR no dia 7 de dezembro, data da última rodada. Mas, é claro que é ruim trabalhar diariamente sob a pressão de estarmos nas últimas posições”, admitiu o treinador, logo após o frustrante empate frente ao Grêmio, que jogou o Coxa para a 18ª posição. Com o 1×1, o time já não pode sonhar com a fuga do descenso apenas com os jogos em casa. Além de vencer seus três jogos programados para o Couto Pereira (Fluminense, Palmeiras e Bahia), terá que somar de um a quatro pontos fora. O ‘número mágico’ para a permanência na Série A é 46, mas é possível se safar com menos. Hoje, o aproveitamento do primeiro fora da ZR – o Vitória – corresponderia a apenas 42 pontos.

Um dos personagens da última vitória sobre o Timão, em São Paulo, o volante Reginaldo Nascimento, acredita que as dificuldades do Coritiba são reflexo da má gestão nos últimos anos. “O clube contratou em excesso e mal. Não houve encaixe de um grupo que sempre apresentou algum desequilíbrio. Já foi assim nos anos anteriores”, lembrou o ex-jogador, torcedor declarado do Verdão. “Agora, só nos resta torcer. E esperar que a diretoria consiga corrigir para os próximos anos aquilo que foi feito de errado. O Coritiba não tem um time ruim, mas visivelmente é um grupo inseguro”, concluiu.