Com cara do técnico

Time assimila a filosofia de Claudinei Oliveira

A vitória do Atlético ontem, 2×1 contra o Flamengo, foi uma vitória pessoal de Claudinei Oliveira. O treinador certamente refutaria essa afirmação, transferindo os louros dos resultados a seus jogadores (podia sobrar até uma parte para a torcida, que fez uma festa empolgante nas arquibancadas). Mas após duas semanas cheias de trabalho, o time deixou bem claro que os conceitos do treinador têm sido muito bem assimilados.

Desde sua chegada, Claudinei Oliveira garantia que seu trabalho só iria aparecer quando ele tivesse tempo de treinar. Este “tempo” demorou para aparecer, o time seguiu oscilando e chegou-se a cogitar inclusive uma nova troca de comando técnico no Rubro-Negro. Mas o time se organizou, ofereceu confiança ao torcedor e aos poucos parecia que encontraria o seu espaço no Campeonato Brasileiro. Chegou a ficar dois pontos à frente da zona do rebaixamento. Hoje está com sete de vantagem.

A filosofia de trabalho fora passada ainda nos primeiros dias. Com tempo, os conceitos foram mais bem assimilados e foram testadas diversas alternativas táticas, variações e opções. Ontem o time mostrou maturidade no jeito de jogar. Claudinei Oliveira tirou Marcos Guilherme do time (das 28 rodadas até então tinha sido titular em 27), deu confiança a Bady e manteve o time com três atacantes: Cléo, Marcelo e Dellatorre. Todos cresceram de produção em relação a partida anterior.

O destaque, contudo, foi Cléo. O atacante marcou os dois gols atleticanos no jogo. O jogador dificilmente encanta com atuações brilhantes, mas acima de tudo foi eficiente e cumpre com perfeição o papel esperado por Claudinei de um camisa 9.

Na quarta-feira o adversário é o Criciúma, na região sul de Santa Catarina. Para este jogo Claudinei Oliveira não terá Natanael, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Ao natural Willian Rocha deve ser o substituto. A tendência é a manutenção do mesmo time que derrubou o Flamengo na Arena da Baixada.