O Paraná Clube voltou a ter os gols de Giancarlo. Depois de um longo jejum, o camisa 9 voltou a balançar as redes e acabou com o mau momento, em 2014. Sem marcar desde o dia 30 de maio, no empate com o Oeste, em Itápolis, Giancarlo desencantou também no empate com o América-MG, na sexta-feira.
O jogador possivelmente não irá esquecer esta temporada. Contratado para ser o centroavante da equipe, Giancarlo mostrou serviço no Campeonato Paranaense e ficou marcado por gols e frases de efeito, especialmente, contra o rival Atlético. “Marcar três gols contra o time do fim da rua não tem preço”, disse o atleta abusando do estilo falastrão.
Também sobrou para a diretoria do Paraná Clube. Insatisfeito com os atrasos salariais, Giancarlo não media palavras para cobrar os dirigentes. “Se tivesse o apoio da diretoria em relação ao pagamento dos salários, o time estaria brigando na ponta da tabela”, reclamou o jogador ainda na primeira fase da Série B.
Outro fato marcante foi a discussão de Giancarlo com o empresário que gerencia a sua carreira, Marcos Amaral. O jogador declarou que, quando foi contratado, o empresário se comprometeu a pagar a remuneração, em caso de atrasos pelo clube, e isto não vinha ocorrendo. “Eu vim para o Paraná por causa do Amaral. Sempre abri portas para ele em outros clubes. Ele se comprometeu a ajudar caso o clube não pagasse”, afirmou o atacante, no mês de maio.
Teve ainda mais dois casos inesquecíveis. Depois da derrota para a Luverdense, em junho, na Vila Capanema, ele tentou ir em direção as sociais para acalmar os ânimos do torcedor. Foi impedido pela segurança do clube que temia algum tipo de agressão. “Vim para mostrar que vamos dar a volta por cima e vou ficar aqui”, avisou Giancarlo depois da partida. No entanto, a maior polêmica ainda estava por vir. O Coritiba demonstrou interesse em ter o centroavante e tudo estava acertado. Ele chegou a treinar com a camisa alviverde. Contudo, o Coxa desistiu do negócio alegando questões clínicas. O caso está na Justiça.
Fora de campo, Giancarlo sempre está com alguém por perto. Quando possível, leva a família aos treinos e ganha admiração dos companheiros. “O Gian é uma pessoa muito comunicativa e brincalhão em muitos momentos”, contou o capitão Lúcio Flávio. Do técnico Ricardinho, tem o respeito e a titularidade. “É um atacante interessante para nós. Tem característica de área, de finalização, que preocupa os defensores. Ele tem que estar com a cabeça boa, se dedicar aos treinamentos e isso ele faz. Disse para ter paciência e agora ele voltou a marcar um gol. Quem sabe na terça, ele faça mais um ou até dois”, relatou o treinador.
Com 18 gols no ano, é o artilheiro entre os jogadores que atuam no futebol paranaense.