Alto da Glória

Alex irá mesmo se aposentar ao final da temporada

Agora é oficial. No dia 7 de dezembro, quando subir ao gramado do Couto Pereira, frente ao Bahia, o craque Alex fará a sua última partida como jogador de futebol. Restando dez rodadas para o término do Brasileirão, ele já vive o clima de contagem regressiva, de olho no encerramento de uma carreira brilhante e repleta de conquistas no Brasil e no exterior. O camisa 10 coxa-branca decidiu descartar as propostas dos Estados Unidos e da Índia e confirmou que irá “pendurar as chuteiras” vestindo a camisa do Coritiba, seu clube de coração.

Há um mês, o craque revelou que estava estudando uma possibilidade de mudança de planos. Logo após o paranaense – quando quase antecipou a aposentadoria – Alex estabeleceu o início de dezembro como o seu limite como jogador de futebol. Porém, aos 37 anos e com um reconhecimento internacional, ele recebeu sondagens de outros países. Preferiu não comentar sobre clubes, mas a oferta mais interessante vinha dos EUA, que está vivendo um momento de crescimento de sua liga de futebol profissional. “A oferta era boa. Mas, como havia dito, há outros fatores, como família, futuro profissional”.

Mesmo deixando os gramados, Alex não se vê longe do futebol. Tem a intenção declarada de partir para a área técnica, mas não de forma imediata. “Com certeza em 2015, não. Quero antes estudar, me aprimorar”, explicou o jogador, que sempre demonstrou uma clareza muito grande sobre o futebol como um todo, isso sem contar com a qualidade técnica dentro das quatro linhas. “É uma transição. Só porque você sabe jogar, não significa que será um grande treinador. Preciso aprender mais sobre o lado de fora”, comentou o capitão coxa.

Alex sabe que o fim de temporada será tenso, mas acredita ser possível curtir cada instante desses últimos jogos como atleta de futebol. “É o que temos. Vamos encarar”, disse, sabendo que o Coritiba precisa de pelo menos cinco vitórias para tentar sobreviver na primeira divisão. Alex é “cria” do Coritiba, mas brilhou no futebol brasileiro defendendo Palmeiras e Cruzeiro (também esteve no Flamengo). Fora do país, jogou na Itália (Parma), mas virou ídolo no Fenerbahçe (Turquia), onde recebeu estátua e continua sendo reverenciado, mesmo após o retorno ao Brasil.