Na Arena

Claudinei tem algumas “cartas na manga” contra o Figueirense

A importância de uma vitória no jogo do Atlético neste domingo já foi destacada ao longo de toda a semana. Foram números, constatações, análises e projeções. Muita tensão, reflexão e, apesar do pouco tempo, trabalho. Claudinei Oliveira conta com algumas apostas, peças-chaves para que o resultado contra o Figueirense some pontos para o Rubro-Negro na classificação e represente uma guinada para o time na competição: Dellatorre e a torcida atleticana.

E realmente esta na hora da torcida mostrar o quão disposta esta para ajudar na missão de evitar o rebaixamento do Atlético. Em cinco jogos disputados na Arena da Baixada desde a reinauguração do estádio, o time conseguiu levar 89.369 torcedores (média de 17.926 por jogo). O maior público registado até aqui foi no jogo contra o Corinthians, pela 25ª rodada, justamente na última vitória do Atlético. Naquela ocasião, foram contabilizados 19.667 torcedores.

Como a capacidade foi ampliada para cerca de 40 mil torcedores, o número de sócios é anunciado como aproximadamente 23 mil, tem algo errado nessa conta. O jogo não tem muito apelo, como foi contra o Corinthians, por exemplo, mas o momento do campeonato exige a presença da galera. O técnico Claudinei acredita piamente no efeito positivo que o torcedor pode gerar no seu grupo. “Com a força do nosso torcedor, temos condições de fazer os três pontos”, afirmou.

A evolução do time agrada, mas os poucos pontos conquistados preocupam. “Em termos de rendimento sim (estar satisfeito), de pontuação de forma alguma. São muitas derrotas e poucos pontos. Na Arena jogamos quatro vezes (considerando apenas o Brasileirão) e de 12 pontos fizemos sete. Acho pouco. Tinha que ser pelo menos nove. Na nossa casa temos que pontuar o máximo possível”.

Dellatorre volta

Mesmo que não comece jogando contra o Figueirense, Dellatorre tem ouvido seu nome com frequência nas entrevistas do técnico Claudinei Oliveira. O jogador admira muito o futebol do atacante e espera ansioso poder contar com ele nas partidas da equipe. Recuperado de uma entorse no tornozelo que o afastou das partidas desde o dia 14 de setembro (empate com o Vitória, na Arena), Dellatorre treinou normalmente quinta, ontem e se não sentir nada no recreativo de hoje estará entre os relacionados.

“Treinou ontem um pouco, hoje “(ontem) e deve treinar amanhã (hoje) amanha. Pelo que senti falando com ele, pelo menos entre os relacionados ele vai figurar sim. Claudinei comemorou a notícia e acredita que após encontrar o equilíbrio ofensivo, o time precisa evoluir na frente. “Vejo que melhoramos defensivamente e agora estamos tentando criar alternativas para voltar a marcar mais gols, que é o que esta faltando. Estamos tomando menos gols, mas não estamos
fazendo”.

Um homem sem medo

O torcedor do Atlético estava bastante confiante com o futuro do time logo após a Copa do Mundo. Com o passar dos jogos passou a preocupado e angustiado a cada nova frustração. Agora, na porta da ZR, o temor começa rondar o imaginário da torcida. Se não vencer o Figueirense, a partir das 18h30 de amanhã na Arena da Baixada, o desespero pode chegar e o medo tomar conta.

Para Claudinei Oliveira, no entanto, medo é um conceito pouco considerado. Existe o receio evidentemente que uma entrada na ZR pode causar, mas tem-se trabalhado isso diariamente com os jogadores. “Não é medo. Não uso essa palavra. É um elenco jovem e a gente teme entrar na ZR por não sabermos como isso vai representar para eles. Por isso a gente se preocupa. Mas não podemos estar no Z4 na última rodada, na penúltima, com mais de três pontos atrás”, disse. “Não pretendemos nem entrar, nem participar, nem chegar perto. Não dá para sofrer por antecipação, mas nem ficar muito tranquilo por antecipação. Não tra,balhamos com hipótese e hoje isso é hipótese”, acrescentou.

E o medo de demissão em caso de um novo tropeço? “Não tenho esse tipo de medo. Confio muito na minha competência profissional. Eu acho que nem sempre as coisas acontecem como você quer, no tempo que você quer. Demanda tempo”, afirmou.

O bom ambiente tem ajudado a minimizar qualquer tipo de medo para Claudinei. “O ambiente tem até melhorado. Os jogadores estão começando a acreditar e estão vendo a evolução. Não são bobos. Saem chateados do jogo e isso é um ótimo sinal”, conclui.