Na frente

Coxa vai inaugurar novo setor antes que o teto retrátil

Reviravolta. Na semana em que Coritiba e Atlético se encontram no sábado em jogo importante na luta contra o rebaixamento, outra disputa ocorre fora das quatro linhas. E no famoso bordão “só ganha quando a partida termina”, o Verdão enfim venceu.

No duelo dos estádios, em que dois clubes disputaram uma batalha para tentar entregar o palco completo por primeiro, o Couto Pereira conseguiu finalizar o que era proposto antes e, inclusive, terá no clássico Atletiba do final de semana, às 16h20, a inauguração do novo setor Pro Tork. Já o teto retrátil da Arena da Baixada, que deveria ter as obras encerradas hoje, não tem data para ficar pronto.

A data escolhida pela cúpula alviverde foi divulgada no final da semana passada, finalmente para o torcedor, que aguardava a abertura da “nova Mauá” e que teve prazos prometidos não cumpridos. Assim como a Arena da Baixada, ainda inacabada.

As obras no estádio do Coritiba iniciaram no dia 17 de junho de 2013 e eram projetadas para a conclusão em exato um ano. Sem conseguir realizar o prazo inicial, o final do mês de agosto e a primeira quinzena de setembro entraram em pauta para conseguir terminar tudo a tempo. Nada feito, de novo.

Assim, o mês de setembro foi de muito trabalho para conseguir que o mês seguinte fosse, de fato, o último especulado. E assim aconteceu. Orçado em R$ 16,6 milhões, o setor Pro Tork é constituído por três anéis com 38 camarotes, cadeiras sociais, lanchonetes e lounges, tendo quatro mil metros quadrados. A expectativa era de que a capacidade fosse aumentada para 42 mil pessoas, mas o laudo dos Bombeiros autorizou para 40.310 lugares – aumentando, assim, três mil da capacidade anterior, de 37 mil.

No último sábado, o clube apresentou a reformulada Mauá para seus sócios que entraram nesse novo plano. Um coquetel exclusivo foi oferecido, além de um tour por todo o novo setor, o reconhecimento das cadeiras compradas por cada um e a oportunidade de assistir o treino do time no dia.

Na sexta-feira, ocorre a abertura da placa de inauguração com a presença dos diretores do Coritiba e da empresa que dá nome ao setor, além de autoridades, sócios, donos de camarotes e outros convidados. Para o clássico, inclusive, a diretoria faz uma promoção: os sócios que tiverem cadeiras no local podem levar dois convidados pagando R$ 30. E, caso o convidado adquira uma nova cadeira, ganhará uma camisa oficial do clube autografada.

“Esse é um legado que nós vamos deixar para a eternidade, para os nossos filhos, nossos netos e, depois de 40 anos, eu me sinto orgulhoso que nós conseguimos entregar essa obra que será, como sempre foi, o orgulho da nação coxa-branca”, declarou Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do clube.

Felipe Rosa
Já o teto retrátil da Arena da Baixada, cujo prazo termina hoje, ainda não saiu do chão. Atlético já pediu mais 90 dias de prazo.

Teto

Já pelo lado do bairro Água Verde, a história é outra. Mesmo com a realização dos quatro jogos da Copa do Mundo, além de partidas do Furacão pelo Campeonato Brasileiro, a Arena da Baixada nunca esteve 100% concluída. Setores inacabados, prédio da imprensa ainda não entregue e o aguardado teto retrátil ainda sem prazo.

A data para entrega era no dia 20 deste mês, podendo ser estendido até hoje. Mas o que se vê no estádio rubro-negro é que as obras estão paradas neste sentido. Não há nenhuma movimentação no local, tendo o risco de sequer ser finalizado em 2014.

Ainda neste mês, o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, afirmou que duas das 12 estruturas necessárias estão aguardando os técnicos para iniciar o processo. ,De lá para cá, nada mudou e o panorama segue o mesmo.

O Atlético pediu mais 90 dias para poder concluir a instalação do teto retrátil. A Prefeitura ainda não autorizou, mas não colocará empecilhos para isso. Estuda, entretanto, a possibilidade de aceitar a metade, ou seja, 45 dias.

Fora isso, o clube ainda deve mais de R$ 10 milhões em títulos protestados a empresas que prestaram serviços na Arena e, de acordo com empresários, “seguem sumidos, sem dar explicação”. A gestão do estádio, antes da americana AEG, passou para a curitibana G3 United sem nenhuma explicação, com o silêncio imperando mais uma vez.

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