Efeito Gangorra

Com 33% de aproveitamento, Coxa precisa parar de oscilar

O Coritiba segue a sua via-crucis neste Brasileirão. Após comemorar a saída da ZR, com a vitória sobre o São Paulo, o time voltou a ‘patinar’ fora de casa e retornou para a área do descenso. Nessa constante gangorra, o clube não consegue emplacar uma sequência confiável. A derrota para o Sport trouxe, mais uma vez, uma enorme pressão para o confronto de amanhã, justamente contra o líder da competição. O duelo com o Cruzeiro está programado para 19h30, no Couto Pereira.

Com apenas 23 pontos em 23 jogos – desempenho de apenas 33,3% – impõe ao Verdão a necessidade de melhorar, e muito, o seu aproveitamento nas quinze rodadas que restam para o fim da temporada. Considerando apenas a ‘era’ Marquinhos Santos, o Cori somou 44,44% dos pontos disputados. Número insuficiente para alcançar os 45 pontos, visto como o ‘número mágico’ para a permanência na Série A. Em 2009, vale lembrar, o próprio Coritiba caiu, mesmo tendo computado 45 pontos. Num cálculo simplista, teria que vencer pelo menos sete jogos.

Para atingir esta marca, o aproveitamento atual não é suficiente. Teria que, a partir de amanhã, somar 48,89% dos pontos disputados. O lado positivo é que o Coritiba terá oito jogos em casa, onde o time tem apresentado um futebol de bom nível e com qualidade ofensiva. O time de Marquinhos só teve um deslize no Couto (o empate com o Atlético-MG) e passou com competência por Chapecoense (3×0) e São Paulo (3×1). Até o início de dezembro, o Coxa ainda recebe Cruzeiro, Atlético, Criciúma, Botafogo, Grêmio, Fluminense, Palmeiras e Bahia.

Os jogos fora serão contra Internacional, Goiás, Figueirense, Corinthians, Flamengo, Vitória e Atlético-MG. Marquinhos Santos admitiu a preocupação com essa interminável oscilação da equipe. “Não podemos imaginar que apenas com o desempenho em casa iremos atingir o objetivo. Os jogos são duríssimos, mas temos que encontrar o equilíbrio necessário para pontuar também como visitante”, destacou. Sem tempo para trabalhar, a solução é buscar a correção na base do diálogo e com uma concentração redobrada a cada desafio.

“O calendário não ajuda. Mas não podemos nos escorar nisso. Continuamos na mesma, com uma competição à parte, contra sete ou oito adversários diretos”, disse o treinador coxa-branca, logo após a derrota na Ilha do Retiro. A maratona prossegue até o fim de semana, quando o Coxa vai a Porto Alegre pegar o colorado gaúcho. Só então o treinador terá uma semana ‘cheia’, exatamente no período que antecede o clássico Atletiba.

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