Calculadora na mão

Com campeonato na reta final, Trio de Ferro precisa se ligar

Já é hora de fazer contas. O Trio de Ferro não está bem em suas respectivas divisões e precisa pegar a calculadora para planejar o Brasileião de forma tranquila até o fim da competição. Missão nem sempre fácil.

Enquanto o Coritiba luta contra a queda para a Série B desde o início do campeonato, o Atlético chegou a almejar sonhos mais altos com o retorno oficial à Arena da Baixada tendo a presença da torcida – algo que já não é nem sonho da maioria dos otimistas. O Paraná, com seus problemas financeiros, segue patinando para retornar à elite do futebol brasileiro. A equipe figura na parte de baixo da tabela e demonstra irregularidade, apesar de ter feito bons jogos.

O que ambos possuem em comum? As trocas de treinadores. Durante a temporada, o trio não conseguiu manter o técnico escolhido no início da temporada. A dupla Atletiba está no terceiro técnico da temporada (sem contar interino), enquanto o Tricolor foi para o quarto com a vinda de Ricardinho. O péssimo desempenho fora de casa também é um fator parecido entre as equipes paranaenses. A equipe rubro-negra tem 27%, a coxa-branca é ainda pior com 19% e a paranista fecha próxima de 20%.

Confira a conta feita pelo Paraná Online para o Trio de Ferro:

Coritiba

Entre os três times, o que vive pior momento é o Coritiba. Na 17ª colocação da Série A, o Alviverde é o time que mais esteve presente na zona de rebaixamento deste ano. Das 23 rodadas, o Verdão figurou entre os quatro últimos 19 vezes. Além disso, ainda foi o lanterna do torneio em três oportunidades.

A irregularidade é uma marca deste elenco durante os jogos. Na semana passada, recebeu o vice-líder São Paulo e venceu, de virada, por 3×1. No jogo em seguida, a derrota para o Sport por 1×0 fez a torcida deixar a empolgação de lado para uma possível “arrancada”.

A questão emocional, inclusive, é lembrada pelo técnico Marquinhos Santos. “Pelo momento e a nossa situação na tabela, faz com que o fator emocional e psicológico afete ainda mais os jogadores. Isso é uma situação que nós precisamos nos preocupar. Essa queda de rendimento é decorrência da instabilidade emocional e sequência de jogos. É pesado e complicado”, analisou.

O ‘número mágico’ para evitar o descenso varia a cada ano. Em média, 46 pontos têm evitado o rebaixamento. Com apenas 23 pontos, o Coritiba precisaria repetir a campanha em pontos até aqui em 15 rodadas. De acordo com o site Infobola, a chance de queda é de 45% – o quinto maior.

Atlético

O Furacão, após a saída de Miguel Ángel Portugal, chegou a dar um ânimo ao torcedor na parada para a Copa do Mundo, sob o comando do interino Leandro Ávila. Na 11ª rodada, por exemplo, entrou no G4. Mas desde lá só cai de posição.

A expectativa era de que com a torcida presente na Arena a equipe embalasse na temporada. No fim, foi eliminado em casa pelo América-RN na Copa do Brasil e tem alguns tropeços, como empates contra Bahia e Palmeiras, e a derrota recente para o Internacional.

Por isso, a conta agora é outra. Com doze pontos atrás do grupo que vai para a Libertadores, o Atlético precisa olhar para a parte mais perto: a do rebaixamento. A distância para o rival Coritiba, primeiro time presente na ZR, é de cinco pontos.

Assim, a equipe rubro-negra precisa de 18 pontos – ou seja, seis vitórias – para ter sua presença assegurada na Série A de 2015. A possibilidade de cair, assim como aconteceu em 2011, atualmente está em 18%.

Paraná

O Tricolor está quase no meio da tabela da Série B. O risco de cair é mínimo, enquanto subir também é bem pequeno. O ideal seria garantir a sua permanência na divis&ati,lde;o e começar a projetar o próximo ano.

Mas o treinador Ricardinho ainda sonha com algo maior. “Eu só aprendi a olhar para cima, não me preocupo com o que vem de baixo. Nós temos que buscar nossos resultados. Mas nós pegamos o time numa situação intermediária, e precisamos pontuar para chegar mais a frente. Esse é o nosso principal objetivo. E depois quem sabe pensar em G4. Nossa realidade no momento é apenas nos aproximar desse grupo”, aposta.

A distância para o G4 é de treze pontos, enquanto a ZR está a nove – mas se o América-MG recuperar os pontos perdidos no STJD, a distância cai para quatro pontos. Cinco vitórias e um empate garantem o Paraná na Série B, restando treze rodadas para o término do Campeonato Brasileiro. Algo difícil de aceitar para uma torcida que está no mesmo lugar desde 2008.

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