Os três pontos conquistados contra o Vitória, que interromperam uma sequência de seis jogos sem vitória, deram tranquilidade ao Atlético e vieram na melhor hora possível. Além dos pontos da tabela, eles validaram a melhora que o time vem apresentando nas últimas rodadas e deram credibilidade ao “carimbo” de Claudinei Oliveira no Furacão. Duas situações deixam ainda mais evidente que houve uma inversão de tendência: a melhora defensiva e o renascimento de Marcelo.
A melhora desses “pontos chaves” ocorreu às vésperas de uma sequência bastante ingrata para o Rubro-Negro. Nas próximas quatro rodadas, são três confrontos contra times posicionados no G4 do Brasileirão: Cruzeiro, Internacional e Corinthians. Para conseguir somar o máximo de pontos possíveis, Oliveira sabe que a regularidade defensiva tem que prevalecer. A partir disso, o time pode desenvolver seu futebol com mais calma para tentar buscar o gol adversário.
A grande mudança aconteceu na filosofia do sistema defensivo. Orientações e posicionamentos já haviam sido bem compreendidos por todos no jogo contra o Grêmio (embora o time tenha perdido por 1×0) e contra o Vitória se tornaram evidentes. A melhora se consolidou com a estreia de Gustavo. Além de agregar qualidade, o jogador trouxe a experiência de ser um executor dos preceitos de Claudinei Oliveira dentro de campo.
“Gustavo veio para trazer qualidade e a experiência dele. Ele sabe como eu gosto que a equipe jogue, como distribuir a equipe em determinado momento do jogo. Dentro de campo tem liderança e facilidade de comunicação. A tendência é que os jovens jogadores ganhem com isso. Vai ser fundamental para o crescimento dos jovens zagueiros”, disse Oliveira, que exaltou a qualidade dos zagueiros que estão no elenco atleticano, citando-os nominalmente (característica de Oliveira, que decora o nome de todos rapidamente). “Não são bons zagueiros. São excelentes”, acrescentou.
O reencontro de Marcelo
A torcida há muito pegava no pé do atacante Marcelo. Melhor jogador do Furacão nas últimas temporadas, revelação do Brasileirão do ano passado, o jogador enfrentava uma fase bastante ruim. Teve seu comprometimento questionado, inclusive, sob a alegação de que teria ficado frustrado com a sua permanência após a negociação com o Corinthians não ter dado certo. Claudinei sabe a importância que Marcelo tem para o Atlético e com sapiência chamou o jogador de lado e quis tentar entender o que se passava.
A conversa deu resultado. Marcelo foi muito bem contra o Grêmio, quando atuou com liberdade, e se desempenhou igualmente bem ao ter o compromisso de marcar, contra o Vitória. Marcar os adversário e gols. “Marcelo é um ídolo do clube. Fez um Brasileiro maravilhoso, foi a revelação do campeonato. Muito agudo e faz a diferença. Temos que resgatar a motivação. Não pode perder isso”, disse. Para Oliveira, o gol marcado domingo passado (o primeiro da vitória por 2×0) coroou a atuação e a recuperação do atacante.
