Com os pés no chão

Apesar de goleada, Marquinhos sabe que o caminho é árduo

A goleada sobre o Flamengo – 3×0 – não mudou o foco do Coritiba. O técnico Marquinhos Santos elogiou a postura do time e da torcida, mas fala em ‘pés no chão’. O grande objetivo do treinador é sair o quanto antes da ZR e garantir um final de temporada sem sustos. O que conseguir de bônus, na Copa do Brasil, é lucro. O cartão de visitas do treinador não poderia ser melhor. Foram apenas três dias de convívio com o grupo e a transformação foi muito clara. Com melhor toque de bola e uma postura ofensiva, o Verdão voltou a fazer do Couto Pereira o seu ‘porto seguro’.

“O papel do torcedor foi decisivo. Eles apoiaram durante os noventa minutos. O grupo precisava desta força e o resultado foi um time confiante dentro de campo”, analisou Marquinhos Santos. A aposta do treinador é nesse clima favorável, já mirando o Atlético-MG, adversário deste domingo – às 16h -, mais uma vez no Couto Pereira. O Coritiba já está ‘enraizado’ na zona do rebaixamento. São catorze rodadas entre os quatro últimos do Brasileirão. A vitória contundente sobre o Flamengo sinaliza para dias melhores. “É claro que um resultado assim, traz confiança. E esse grupo estava precisando desse ambiente. Encontrei atletas motivados, mas conscientes das dificuldades”.

Marquinhos Santos não vende ilusões, apesar da atuação precisa de seu time na Copa do Brasil. “Nosso campeonato é bem específico. Não tem como ficar falando em parte de cima da tabela. Enfrentamos oito, nove adversários, com o único objetivo de permanecer na primeira divisão”.

Fator casa

O treinador sabe que para essa matemática ‘fechar’, o time não pode mais se permitir erros, principalmente no Couto Pereira. O Verdão, de Roth, perdeu quinze pontos atuando em casa. Um marco negativo no histórico do clube. “Sempre vi o Couto cheio e criando um clima positivo para o Coritiba. Resgatamos um pouco disso frente ao Flamengo. Mas, não podemos baixar a guarda”, lembrou Marquinhos.

Numa simples projeção, o Coritiba se livra de qualquer risco de degola caso consiga 100% de aproveitamento em casa. A contar desse domingo, serão onze jogos no Couto Pereira. “Acho que o mérito do time foi entender rapidamente a nossa proposta. O time soube trabalhar a bola e foi bastante vertical, procurando sempre o gol”, ponderou Marquinhos. “Foi um primeiro passo, mas o nosso caminho ainda é muito longo e árduo”, frisou o treinador. Marquinhos tem contra si o pouco tempo para treinamentos. Sua filosofia terá que ser assimilada em rápidos ensaios táticos e muita conversa, já que nas próximas semanas o clube não terá nenhuma folga na tabela, entre Série A e Copa do Brasil.

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