Na hora de faturar

Atlético quer movimentar a Arena para gerar receita

Com a Arena da Baixada praticamente concluída e prestes a receber a instalação do teto retrátil, o Atlético busca agora, nos bastidores, formas para potencializar as suas receitas a fim de dar conta de pagar todos os empréstimos tomados junto à Fomento Paraná e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reforma e ampliação do Joaquim Américo, que recebeu quatro jogos da Copa do Mundo no mês passado.

Assim, depois de protocolar na semana passada o pedido junto à Prefeitura de Curitiba para iniciar a instalação do teto retrátil, o Atlético tem até o dia 20 de setembro para concluir as obras. Se isso acontecer no prazo, o estádio poderá receber grandes eventos e shows mundiais e, com isso, iniciar o seu faturamento com seu novo caldeirão.

Na última segunda-feira, o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, em reunião do Conselho Deliberativo, confirmou que a Arena da Baixada seria palco de uma edição do UFC no dia 25 de outubro. Entretanto, pode não ser desta vez que o clube abrirá as suas portas para o maior evento de MMA do mundo e lucrar com isso. A direção do Ultimate confirmou que o UFC 179, na mesma data, vai acontecer no Brasil, mas ainda não definiu a cidade. O mais provável é que seja no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

Entretanto, o clube, nos bastidores, se movimenta para, ainda neste ano, promover grandes eventos na Arena da Baixada. Também na semana passada, especulou-se que o estádio estaria na rota de duas grandes bandas internacionais. Coldplay e Foo Fighters teriam a intenção de tocar em Curitiba e estariam em negociação para se apresentar no Joaquim Américo ou na Pedreira Paulo Leminski, que foi reaberta neste ano depois de alguns anos fechada.

Pagamento

Ainda neste ano, o Atlético já terá que abrir o bolso para pagar os recursos que foram investidos na reforma e ampliação da Arena da Baixada. Até o dia 31 de dezembro deste ano, o clube terá que desembolsar R$ 14,5 milhões em terrenos que serão escolhidos pela Prefeitura de Curitiba para ressarcir o poder municipal pelas desapropriações feitas no ano passado dos terrenos próximos à Arena da Baixada que foram desocupados para a conclusão do estádio. Se não pagar, o clube corre o risco de ter o alvará do estádio suspenso. Já o primeiro contrato de financiamento de R$ 30 milhões tomado em 2012 junto à Fomento Paraná, que deveria ter sido pago em uma parcela apenas no final do ano passado, terá que ser quitado até dezembro do ano que vem.

Cobrança

Com os recursos em caixa da última parcela do quarto contrato de financiamento, a CAP S/A ainda não quitou a dívida com as empresas e empreiteiras que prestaram serviços na reforma e ampliação da Arena da Baixada. Um grupo de empresários e trabalhadores foi à sede administrativa do clube na quinta e na sexta-feira da semana passada, mas sequer foram recebidos por dirigentes do clube. Hoje, se o Atlético não fizer os pagamentos, empresários e trabalhadores, que já fizeram na semana retrasada uma manifestação e bloquearam a Avenida Getúlio Vargas, prometem fazer um novo protesto em frente ao estádio atleticano.

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