O técnico Celso Roth preferiu destacar a “entrega” dos jogadores, que conseguiram imprimir um bom volume de jogo frente ao Botafogo. Porém, não fez rodeios ao ser questionado sobre a qualidade – ou a falta de – do atual elenco do Coritiba. “O que temos, é isso. Então, não adianta ficar pensando como seria com esse ou aquele reforço. Temos que buscar as soluções dentro desse grupo”, cravou o treinador. Novamente ele bateu na tecla “das heranças” recebidas, mas disse que está confiante na volta por cima, apesar do desempenho absolutamente ridículo da equipe neste Brasileirão.
Após o encerramento da 11ª rodada, o Verdão retornou à vice-lanterna da Série A, completando oito rodadas consecutivas atolado na temível zona do rebaixamento. Desta vez, Roth não disse estar “decepcionado” como ficara na derrota para o Figueirense (2×0), na semana passada. “Estamos passando por uma grande provação. Não fizemos um jogo ruim. Tivemos posse de bola e jogamos a maior parte da partida no campo do Botafogo. Mas, erramos nas conclusões das jogadas”, resumiu o treinador, que iniciou o jogo promovendo cinco alterações no time, mas sem a resposta projetada pela comissão técnica.
Ao menos no que diz respeito a pontos somados. “O goleiro Jefferson teve participação direta no resultado. Mas, além disso, temos que melhorar nosso desempenho ofensivo”, disse. O Coritiba, em sete dos onze jogos realizados, não conseguiu furar as defesas adversárias. Pior do que isso, em Volta Redonda, o torcedor mais uma vez viu o seu time errar em um lance de bola parada e sofrer um gol de bola parada. Uma deficiência quase crônica. Novamente em uma cobrança de escanteio, foi a vez de o argentino Bolatti ficar livre para conferir.
“Aí, não há discussão tática. Só posso dizer que é um dos pontos mais trabalhados”, comentou Roth. “Além do que se faz em campo, a gente mostra vídeos para os jogadores, com os erros e acertos cometidos, com as características dos adversários. E, em uma cobrança de escanteio, a marcação é individual”. O treinador preferiu não nominar de quem foi o erro, mas desta vez ficou claro que o volante Chico não acompanhou Bolatti, como deveria. “No segundo tempo, quase levamos um segundo gol também dessa forma. O Dória cabeceou livre e a bola foi tirada sobre a risca”, lembrou.
Para Roth, é momento de recuperar a confiança e perseverar, acreditando que não há “mal que sempre dure”.
