Solução pacífica

Zagueiro Manoel cada vez mais perto de defender o Cruzeiro

Na última terça-feira, a juíza Morgana de Almeida Richa, titular da 15ª Vara de Trabalho de Curitiba, negou o pedido de liminar dos advogados do zagueiro Manoel, do Atlético, que pedia a rescisão do contrato que o atleta mantém com o clube, que termina legalmente no final de 2015. A negativa da Justiça do Trabalho veio acompanhada, no dia seguinte, por uma reviravolta típica dos grandes folhetins. Quando uma solução pacífica já não era considerada viável, clube e jogador fizeram as pazes e Manoel está muito perto de defender o Cruzeiro.

O jogador e seus representantes entraram na Justiça alegando falta de pagamento de premiações e outros compromissos financeiros prometidos, além de assédio moral (motivado por uma nota oficial publicada no site do clube afirmando que Manoel estava afastado por problemas disciplinares). O empresário Neco Cirne e o presidente Mário Celso Petraglia trocaram ofensas e deixaram claro que a solução para a polêmica não seria fácil. A decisão da juíza do Trabalho foi baseada na falta de elementos concretos para confirmar as acusações.

Na manhã de quarta-feira (28), Cirne, o presidente do Atlético e seus respectivos advogados se reuniram no escritório que representa o clube a pedido de Petraglia. O encontro começou tão quente quanto os embates vistos por intermédio de notas oficiais e entrevistas. Mais calmas, as partes começaram a conversar. Na mesa o mandatário atleticano colocou duas propostas: renovar o contrato por mais um ano (até o final de 2016) ou ir para o Cruzeiro. Neste caso, o Atlético negociaria 40% dos direitos federativos do zagueiro.

Na quarta o advogado de Manoel, Marcelo Ribeiro, confirmou que, diante da negativa da Justiça, o jogador voltaria a ficar à disposição do clube a partir desta quinta-feira para jogar ou mesmo ser negociado. E pelo que apurou a produção Tribuna 98, Manoel deve deixar o Furacão após oito anos.