Enderson diz não temer demissão no Grêmio após queda

A noite da última quarta-feira foi sofrida para o torcedor do Grêmio. Depois de buscar a vitória por 1 a 0 no tempo normal de forma dramática, o time gaúcho foi eliminado nos pênaltis pelo San Lorenzo e caiu nas oitavas de final da Libertadores. Foi a segunda grande decepção para os gremistas em um mês, após a perda do Campeonato Gaúcho para o Internacional, e a pressão sobre o técnico Enderson Moreira só aumenta. Mesmo assim, ele garante estar tranquilo e diz não pensar em demissão.

“Eu nunca me preparo para coisas que são ‘normais’ no futebol. Faço meu trabalho e vou fazer até o dia que a direção achar que é conveniente que eu não permaneça. A gente veio para um projeto, para a equipe buscar novas alternativas dentro da realidade do clube. E é isso que sempre busquei fazer. A equipe vem jogando futebol de bom nível, extremamente competitiva”, declarou.

Mas Enderson sabe que os resultado não foram os esperados e já mostra sinais de desânimo no comando da equipe. “O resultado as vezes não aparece, eu lamento muito e sinto muito mesmo. Minha dedicação sempre foi plena, total. Estou preparado para o que acontecer. Mas nunca vou sofrer por antecipação.”

O presidente gremista, Fábio Koff, fez questão de aliviar a pressão sobre o treinador e dividiu a culpa pela eliminação, tal qual pelo vice do Campeonato Gaúcho, entre todos no clube. O dirigente, no entanto, disse que qualquer decisão só seria tomada a partir desta quinta, e perguntado sobre a continuidade de Enderson não deu qualquer garantia.

“Vamos ver com a cabeça com maior serenidade, fria, e vamos nos aprofundar nas causas da eliminação”, comentou. “O Grêmio errou no planejamento”, admitiu o presidente. “O treinador não pode ser responsabilizado pelo resultado de hoje. É correto, trabalhador, tem o grupo na mão. Mas amanhã é outro dia, vamos analisar, vamos ver. A princípio, quem perdeu fomos todos nós.”

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