Dois dias depois de o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fazer a última visita à Arena da Baixada antes da Copa do Mundo, hoje será a vez do engenheiro Charles Botta, consultor de estádios da Fifa, realizar mais uma inspeção. A pedido do próprio Valcke, que mais uma vez se mostrou preocupado com o atraso em algumas frentes de trabalho no Joaquim Américo a menos de dois meses do mundial, Botta fará uma visita técnica e se reunirá com o comitê gestor, que está tocando as obras desde janeiro, para definir as prioridades que serão adotadas no canteiros de obras da Baixada.
Juntamente com Botta, o engenheiro Fábio Carvalho, da Fifa, também vai participar da visita técnica, programada para o período da tarde. De acordo com os organizadores do Mundial em Curitiba, a visita não estava prevista e foi marcada a pedido de Jérôme Valcke. ‘Será realizada a inspeção durante a tarde e depois uma reunião com o comitê gestor e com os engenheiros da CAP S/A. A visita não estava prevista e serão definidos os últimos retoques que serão dados na reforma da Arena’, explicou o coordenador-geral estadual para assuntos da Copa do Mundo, Mário Celso Cunha.
Um dos pontos que deverá ser cobrado por Charles Botta será a colocação do restante das 16 mil cadeiras que faltam para a conclusão desta frente de trabalho do Joaquim Américo. Segundo Cunha, as cadeiras já estão em Curitiba, mas uma parte delas apresenta problemas técnicos e terão que ser trocadas pela empresa Kango Brasil, que pertence ao filho do presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia. “As cadeiras já chegaram, mas uma parte delas apresenta problemas técnicos. O problema está no encosto das cadeiras, mas não são todas”, detalhou.
Além da conclusão da instalação das cadeiras, Valcke adiantou, na reunião realizada anteontem, na Arena da Baixada, as frentes de trabalho que precisam ser priorizadas a partir de agora. “Ele pediu atenção para algumas prioridades. Se tiver que deixar de pintar uma parede e reforçar outra frente de trabalho que está faltando será feito. Além da colocação das cadeiras, a parte elétrica, de tecnologia da informação e a conclusão da entrada, a limpeza do acesso da Buenos Aires, foram pedidos dele. A limpeza daquela área ele quer em um prazo de uma semana para que outras frentes possam ser liberadas”, comentou Mário Celso Cunha.
Repasse
A CAP S/A terá fluxo de caixa suficiente para concluir a Arena no prazo estipulado de 13 de maio. Conforme a Tribuna antecipou, depois de a Fomento Paraná repassar anteontem R$ 12 milhões ao Atlético, ainda antes do Mundial haverão mais três repasses. O primeiro, no dia 30 de abril, será de R$ 5 milhões, residual da quarta parcela, e os outros dois, de R$ 6,5 milhões cada, chegarão aos cofres do clube nos dias 3 e 17 de maio.