O Coritiba dá início hoje à “era Celso Roth”. Um dos mais experientes treinadores do futebol brasileiro, ele chega com a missão de fazer do Verdão um time competitivo e capaz de disputar o Brasileirão ‘sem sustos’. Nas duas últimas temporadas, o torcedor conviveu com a apreensão do risco de rebaixamento. O desempenho instável no Campeonato Paranaense fez aumentar esse temor, mas ao menos não ocultou a fragilidade do grupo, carente de mais e melhores opções em praticamente todos os setores.
Até o momento, a diretoria só oficializou duas contratações. Os volantes Baraka e Misael já treinam com o grupo, por enquanto sob o comando interino de Tcheco e Edison Borges. Novas aquisições só ocorrerão a partir desta semana, já com a presença de Roth e, é claro, do novo diretor de futebol, Anderson Barros. Resta saber qual será o perfil desses reforços, já que o Coxa trabalha com alguma limitação financeira, por mais que a contratação da nova comissão técnica aponte o contrário.
Mesmo com algumas correções de rota, é certo que a diretoria trabalhará com dois modelos de contratações: peças pontuais para qualificar o time e reforços mais jovens – e baratos – num trabalho de prospecção visando a composição do elenco. Este, por exemplo, é o caso de Misael. O volante revelado no Grêmio, 19 anos, busca retomar um caminho de projeção nacional, após não vingar no clube gaúcho e no Santos. Nestes mesmos moldes, especula-se o interesse no lateral-direito Reginaldo, 20 anos, destaque do Maringá, finalista do Paranaense.
A prioridade maior, porém, segue sendo o setor ofensivo. Apesar das presenças de Keirrison e Zé Love, é certo que o Coritiba irá qualificar seu ataque, que está devendo nesta temporada. O grupo atual é considerado pequeno para a maratona de jogos que começa no próximo dia 19, na largada do Brasileirão. Porém, a tendência é a chegada de algumas peças nas próximas semanas, mas sem encher demasiadamente a prateleira e mantendo uma reserva técnica para o período de recesso do futebol para a realização da Copa do Mundo.