Volante é com ele

Com Celso Roth, Coritiba terá três jogadores na proteção

Famoso por ser um treinador que adota uma postura defensiva nas equipes que comanda, Celso Roth é adepto a formações táticas em que os volantes se destacam e ganham bastante espaço dentro de campo. Na maioria dos seus trabalhos, escalou equipes no 4-3-1-2, com três volantes, para fechar os espaços no meio. Foi assim em dois dos últimos três times que treinou.

No Internacional, em 2010, Roth foi campeão da Libertadores e preparou o Colorado para o Mundial de Clubes desta maneira. Com Guiñazu, Wilson Mathias e Tinga atrás, o treinador protegia sua defesa, dando a D’Alessandro a responsabilidade de criar as jogadas para Rafael Sóbis e Alecsandro no ataque. O primeiro, que tem a velocidade como uma de suas características, ajudava nessa criação também.

A formação deu certo na competição continental, embora Roth tenha assumido o time gaúcho já nas semifinais, e no Campeonato Brasileiro (a equipe terminou em sétimo, mas passou a maior parte do torneio entre os cinco primeiros), mas fracassou no Mundial. Naquela edição, o Inter acabou perdendo para o Mazembe, do Congo, por 2×0 na semifinal e foi a primeira equipe sul-americana a não chegar à decisão do torneio.

Dois anos depois, o técnico repetiu a fórmula no Cruzeiro. Desta vez, a trinca de volantes era formada por Leandro Guerreiro, Charles e Tinga, enquanto Montillo era o camisa 10. Na frente, Borges e Wellington Paulista formavam a dupla de ataque. A Raposa terminou o Brasileirão em nono lugar, praticamente onde se manteve na maior parte da competição. Sem correr riscos, o clube mineiro frequentou a metade de cima da tabela em 35 das 38 rodadas, mas em nenhum momento se tornou um sério candidato ao título ou a uma vaga na Libertadores.

Entre estes dois trabalhos, Celso Roth comandou o Grêmio em 2011. Assumiu o tricolor gaúcho na 15ª rodada, em 16º lugar. Acabou terminando na 12ª colocação e com uma formação um pouco diferente. O treinador abriu mão dos três volantes, passando a atuar no 4-2-3-1, com Fernando e Fábio Rochemback à frente da defesa e um trio formado por Escudero, Marquinhos e Douglas na armação, apenas com André Lima no ataque. No entanto, quando o time não tinha a posse de bola, cabia a Escudero voltar para ajudar na marcação, na prática, formando uma linha de três volantes.