Primeiro da turma

Marcos Guilherme é a joia do Atlético no início de temporada

Certo ou errado, o Atlético manteve suas convicções e pelo segundo ano consecutivo fez da sua equipe sub-23 a escolhida para a disputa do Campeonato Paranaense. No ano passado, sob o comando de Arthur Bernardes, a equipe conseguiu o vice-campeonato, perdendo a final para o Coritiba. O time de 2014 não foi tão longe assim (parou nas semifinais, derrotado pelo Londrina), mas em uma análise preliminar pode ter deixado mais coisas boas de legado do que seu antecessor.

O time do ano passado revelou bons jogadores. Douglas Coutinho e Zezinho se destacaram. Mas o lateral Leo, que foi titular absoluto da equipe no Brasileirão e hoje esta no Flamengo, foi o principal legado de 2013. Para esse ano é impossível não eleger o meia Marcos Guilherme, de 18 anos, como o destaque do sub-23. Artilheiro do Furacão no Estadual (oito gols), Marquinhos teve colocado sobre seus ombros o peso de ser considerado ‘a joia’ do time para o futuro. Certa vez, o presidente Mário Celso Petraglia se encheu de orgulho ao afirmar que o piá, então com 16 anos, seria um craque dentro de pouco tempo. “Desde o início sabíamos da qualidade e do potencial que ele tinha”, disse Rafael Stival, empresário do atleta.

Descoberto com onze anos pelos olheiros do Trieste, clube amador de Santa Felicidade, o jogador encantou a Pedrinho Maradona, observador do Furacão. Levado ao CT do Caju com 14 anos, foi escolhido para ser cobaia de um projeto que se mostra vencedor pelos primeiros resultados. “A partir da chegada do Marcos objetivamos um projeto de evolução para ele dentro do Atlético. Isso foi desde a parte escolar, de aprender inglês, psicológica, atendimento à família e tudo mais. Um caminho que esta sendo trilhado com calma, seriedade e muito trabalho”, explica Stival. O objetivo final é transformar o meia atleticano no principal jogador do Brasil nos próximos dois anos.

O projeto, aliás, teve que ser adiado por uma temporada. No ano passado estava planejado o ‘estouro’ de Marcos Guilherme. Mas o esquema de jogo e estilo de comando de Arthur Bernardes frearam o aproveitamento do jogador. “Ele tinha um sistema de jogo que não aceitava que o jogador conduzisse a bola. Isso dificultou para as características do Marcos”.

Com Petkovic ele tem essa liberdade e aproveitou muito bem. Começou um pouco devagar, assim como seus companheiros, mas foi ‘o cara’ do Furacão na reta final do Paranaense. “É menino que dentro e fora de campo tem a mesma personalidade. Ele aceitou o projeto e agora esta chegando no seu melhor momento”, comentou o empresário do atleta.

Não sai

Rafael Stival fala com convicção que Marcos Guilherme não deixará o Atlético por dinheiro nenhum nos próximos dois anos. Com contrato longo (até 2017), a valorização do Atlético também está no projeto mencionado anteriormente. “Ele quer ser ídolo aqui. Quando a qualidade do futebol dele ultrapassar os limites do Brasil, aí sim pensaremos em algo”, conta, para depois compará-lo ao potencial do meia Lucas, ex-São Paulo, hoje no PSG.