A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontou, no relatório 14/2014, alguns riscos que três sedes da Copa do Mundo poderão correr com a falta de energia elétrica durante os jogos. A Arena da Baixada, palco paranaense que vai receber quatro partidas do Mundial, está na lista e, segundo o relatório, as três linhas que abastecem o Joaquim Américo estão com as obras atrasadas, com conclusão prevista para o final deste mês, ou seja, dias antes da Fifa tomar posse e passar a preparar o estádio atleticano para receber os duelos da Copa. A Arena Beira-Rio, em Porto Alegre, e a Arena da Amazônia, em Manaus, também preocupam a ANEEL.
Mesmo com o atraso apontado nas obras da Copel, a ANEEL não demonstra clareza no relatório e não garante que há riscos de apagão durante os jogos da Copa do Mundo. Segundo a companhia de energia elétrica paranaense, a Arena da Baixada nunca correu risco de falta de energia, não corre agora e não correrá no Mundial. “De todas as obras que a Copel fez e está fazendo, uma é prioritária para o estádio, exigida pela Fifa e foi entregue em janeiro: duas linhas de média tensão que servem ao fornecimento exclusivo de energia para a Arena da Baixada. Estas linhas foram energizadas e entraram em funcionamento no dia 10 de janeiro”, diz um trecho da nota divulgada pela assessoria de imprensa da Copel.
Se alguma falha acontecer durante a Copa do Mundo, a Copel esclarece que dois alimentadores exclusivos e a instalação de uma chave automática entre eles garantirá que o outro assuma imediatamente o fornecimento de energia do estádio. De acordo com o coordenador-geral estadual para assuntos da Copa, Mário Celso Cunha, a Copel investiu R$ 486 milhões com energia para a Copa do Mundo através do Programa de Desenvolvimento de Distribuição (PDD), e que ficará como legado após o Mundial.
“Foram criadas novas subestações, houve a ampliação da rede subterrânea, além de dois conjuntos de geradores móveis para a Curitiba, Região Metropolitana e região turística. A Copel está fazendo um ótimo trabalho, tenho certeza que vai dar tudo certo e o risco de queda de energia durante a Copa na Arena é zero”, frisou. “A Copel nos passou tranquilidade em relação a garantia na geração de energia do estádio. Eles disseram que não precisaria de gerador, mas terá mesmo assim para atender a exigência da Fifa. Não com o que se preocupar”, arrematou o secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro.
Padrão
O “padrão Fifa” para a energia está documentado no manual “Estádios de Futebol Recomendações e Requisitos Técnicos“. Um capítulo específico é dedicado à alimentação de energia dos estádios. Quando a rede de alimentação de energia é considerada “altamente não confiável”, a Fifa recomenda o emprego de um número maior de geradores e UPS (sigla em inglês para fontes de alimentação ininterruptas), uma espécie de no-break gigante.