Bayern decide Mundial contra surpresa Raja Casablanca

Com a experiência de já ter disputado três Mundiais de Clubes (um como jogador e dois como técnico), Pep Guardiola pediu aos seus jogadores atenção total com o Raja Casablanca, neste sábado, na decisão do torneio – a partir das 17h30 (de Brasília), em Marrakesh, no Marrocos. A ordem do treinador é que o Bayern de Munique controle a partida desde o pontapé inicial para não dar espaço ao adversário.

Guardiola sabe que se o seu time seguir à risca as suas orientações, o título será facilmente conquistado tamanha a superioridade da sua equipe. Mas se o Bayern de Munique não se impor, pode ser surpreendido, assim como já foram Monterrey e Atlético Mineiro. “Fiquei impressionado com o nível e a qualidade do Raja Casablanca. Falei com meus jogadores e eles sabem disso. Depois de ver como eles jogaram contra um time do México e um do Brasil, percebemos porque estão na final”, disse.

Em 1992, no Barcelona, Guardiola disputou o seu primeiro e único Mundial como jogador e foi derrotado pelo São Paulo de Telê Santana. Em 2009, ele voltou ao torneio com o clube catalão, desta vez como treinador e foi campeão após bater o Estudiantes na decisão. Dois anos depois, superou o Santos na final.

Agora, ele viverá uma experiência inédita no Mundial: enfrentará o time da casa. Por isso, prevê que as dificuldades do Bayern de Munique deverão ser bem maiores. “Jogaremos fora de casa. Eu estive na semifinal e, depois do jogo, quando voltava ao hotel, vi 20 ou 30 minutos de loucura, de alegria, por tudo o que aconteceu. Percebi o quanto é importante. Não jogaremos contra uma equipe, mas contra um país”, disse. Prova da importância que os marroquinos estão dando para a partida deste sábado é que até o rei Mohammed VI estará no Marrakesh Stadium.

O que Guardiola espera do Bayern de Munique neste sábado é que o time tenha a mesma postura do primeiro jogo do Mundial contra o Guangzhou Evergrande, da China. A equipe sufocou o adversário no seu campo de defesa e, colocando a bola no chão e trocando passes, não deu espaço para os contra-ataques.

O Guangzhou marcava com 11 homens atrás da linha da bola. Pressionada, a equipe não conseguia ficar mais do que 30 segundos com a bola ou trocar três passes seguidos. Assim, conseguiu resistir 40 minutos até levar o gol de Ribéry. Quatro minutos depois levou o segundo de Mandzukic e, no início do segundo tempo, o Bayern de Munique liquidou o fatura com Götze.

Empolgado com a possibilidade de voltar a fazer história, o Raja Casablanca promete não ficar só na defesa. Pelo menos é o que promete o atacante Mouhssine Lajour. “Jamais renunciamos a jogar no ataque, qualquer que seja o andamento da partida. Estamos liberados para atacar”.

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