Depois de jogar no Juventus, Boluca foi para o Atlético

Até parece alguns clubes de hoje em dia, mas Boluca também passou apertos no Juventus. ‘O Juventus não tinha como fazer frente ao profissionalismo que começava a se formar no Paraná. Além disso, como acontece ainda hoje, o pessoal atrasava salário e assim ficava complicado. Aí, um belo dia a colônia polonesa resolveu acabar com o Juventus. Naquele tempo a colônia era muito forte e tinha três associações muito ativas. Então decidiram acabar com o time de futebol da colônia e no lugar do estádio construir um clube social, que se chamou depois de União Juventus e há alguns anos houve um incêndio neste clube que ficava no Batel e a área foi vendida. Construíram um mercado”, relembra.

De acordo com ele, a torcida era grande e fervorosa. “O pessoal da colônia sentiu muito o fim do Juventus porque o time era um fator de congraçamento e o pessoal gostava de ir ver o time jogar. O time não era tão bom, mas tinha uma grande torcida. Os craques que eu me lembre eram o Juve, meia ponta de lança e o Washington, um ponta-direita. O problema é que com o fim do time o ponta desistiu de jogar futebol. Mas eram muito bons. A camisa do Juventus era igual a do São Paulo, era uma camisa tricolor, depois que largou o nome da Junak. Mas o segundo uniforme era preto e branco, Mas quando o Juventus acabou, o último campeonato que disputou integralmente foi em 1949”, destaca.

Rumo à Baixada

Sem o time, vários atletas ficaram sem ter onde jogar, mas Boluca conseguiu se encaixar no Atlético. “E eu fui para o Atlético, onde fiquei mais oito anos e fui campeão em 1958. Quem me levou para o Atlético foi o Abílio Ribeiro, que era atleticano e casado com a filha do ex-governador Moisés Lupíon. Mas ele levou mais quatro jogadores juventinos: Xixo, Dinho, Paraguaio e Juve.

Daí, o coração mudou de lado. “E como não tinha mais Juventus, eu virei Atlético. E sou Atlético até hoje, apesar de depois de sair do Atlético ter jogado um ano no Palestra Itália. Aliás, a família toda é atleticana. Engraçado é que quando eu parei, parei mesmo, nem fiquei disputado partidas pelos clubes amadores. Parei no profissional com 28 anos e nunca mais joguei futebol. Mas, que foi uma dureza parar, isto foi’, diz o ex-volante e craque também da imprensa.