Caso Welliton, que sumiu pra acertar com o SP, não é o 1º

Na última terça-feira a postura do atacante Welliton, que foi acertar com o São Paulo sem avisar Coritiba e Grêmio, agitou o mundo do futebol. A atitude é incomum, mas não é inédita no dinâmico mercado da bola. Os clubes paranaenses já se envolveram algumas vezes em casos semelhantes a esse.

A situação chegou a ser especulada em São Paulo como uma vingança do tricolor paulista sobre o Coxa, devido à negociação com o meia Rafinha, em 2010, quando o jogador rompeu com o time do Morumbi via decisão judicial. “Não teve nada disso, a gente nem sabia que o jogador negociava com o Coritiba”, garantiu o vice-presidente de futebol do tricolor paulista, João Paulo de Jesus Lopes.

Já o empresário Eduardo Uram, que gerencia a carreira de Welliton, também buscou se defender no caso. “Eu não tinha comprometimento nenhum com o Coritiba, pois eles nunca negociaram comigo e nós não assinamos nada. Se alguém tem motivo para ficar bravo sou eu, pois o Coritiba negociou com um atleta meu sem me consultar”, garantiu, negando que tenha tirado o jogador de um hotel em Curitiba e levado para São Paulo.

Assim como Welliton, outros “fujões” já apareceram no futebol paranaense. O mais famoso envolveu Coritiba e Atlético, em 1998. O Furacão estava prestes a acertar com o atacante Cléber Arado, que na época estava no Merida, da Espanha. O jogador chegou a ir ao CT do Caju, quando recebeu uma ligação de pessoas ligadas ao Coxa, que estavam adquirindo os direitos dele junto ao clube espanhol. O centroavante não teve dúvidas e fugiu rumo ao Alto da Glória. “Essa história é muito longa, cheia de detalhes, mas foi a decisão mais louca e ao mesmo tempo a mais correta que tomei em minha vida”, revelou o ex-atacante em entrevista à Tribuna, em 2009.

Outro Atletiba fora dos campos foi em 2011, quando o Furacão negociava com o atacante Everton Costa, que se destacava no Caxias. Mas a diretoria atleticana ficou indecisa e o jogador acabou pintando no Coxa.

Quem também se meteu em algumas situações semelhantes foi o Paraná. Em 2010, o zagueiro Aislan chegou a ser anunciado pelo Tricolor, mas o jogador acabou indo atuar no Guarani. Fato idêntico ocorreu em 2004, quando a diretoria divulgou o acerto com o atacante Leonardo Manzi, mas o atleta optou por defender o Juventude. “Quanto mais se conhece o homem, mais se dá valor ao cachorro”, foi uma das frases disparadas pelos dirigentes paranistas à Tribuna na época. No mesmo ano, o lateral-esquerdo Jadílson fugiu da concentração paranista para assinar com o Goiás.

Por outro lado, o Paraná deu o troco neste ano, acertando com o meia Fernando Gabriel. No dia 30 de abrir o jogador foi anunciado como reforço no site da Portuguesa, mas o meio campista se apresentou na Vila Capanema.

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