McLaren defende manutenção da Pirelli na F1 de 2014

Apesar do grande número de críticas que recebeu e das polêmicas em que se envolveu neste ano, a Pirelli teve a sua permanência na Fórmula 1 defendida pela McLaren nesta quarta-feira. A escuderia, que amarga uma temporada historicamente ruim, acredita que a fornecedora única de pneus da categoria conseguiu apresentar evoluções no desenvolvimento dos seus compostos e, por isso, merece seguir na F1.

O contrato da Pirelli com a Fórmula 1 vence no final deste ano e ainda não é certo se será prorrogado, ainda mais depois dos sérios problemas de durabilidade e confiabilidade dos pneus apresentados principalmente nas primeiras corridas desta temporada. Entretanto, Jonathan Neale, diretor de operações da McLaren, acredita que uma troca de fornecedor para o Mundial de 2014 seria ruim, até porque no próximo ano a F1 terá um novo regulamento técnico e passará a contar com motores V6 turbo.

“Acho que nós todos estamos satisfeitos de ver que mudanças têm sido feitas – obviamente depois de no início da temporada com os problemas de delaminação dos pneus – e que a Pirelli tem respondido a isso e trabalhou para garantir que o esporte se mantenha seguro”, disse o dirigente, para depois projetar a continuidade da Pirelli ao ser questionado sobre qual impacto uma mudança de fornecedor de compostos teria para a F1.

“Acho que no atual estágio estamos pressupondo – e não sei se há qualquer fundamento para isso – que de alguma forma o processo vai continuar com a Pirelli. Se isso acontecer, temos informações dos pneus e do túnel de vento (da McLaren) para embasar o nosso desenvolvimento. Para todas as equipes, não só a McLaren, conhecer exatamente o pneu, seu formato e peso, tem um efeito fundamental nas decisões do desenho do carro”, disse Neale.

Neste ano, além de ser alvo de fortes críticas de pilotos e dirigentes de equipes da F1, a Pirelli chegou a ser julgada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por causa do teste secreto realizado em conjunto com a Mercedes entre os dias 15 e 17 de maio, no circuito de Barcelona, onde a equipe alemã infringiu o regulamento da categoria ao usar o seu carro deste ano para testar compostos disponibilizados pela fabricante italiana. Apesar isso, a fornecedora foi apenas repreendida pela entidade pelo seu envolvimento no episódio, enquanto a Mercedes acabou suspensa do programa de jovens pilotos da F1, ocorrido entre 17 e 19 de julho, em Silverstone, na Inglaterra.

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